Inclusão

Pessoas autistas contam com quatro centros especializados no DF

Estima-se que há mais de 13 mil autistas no Distrito Federal. Após o diagnóstico feito pelas UBSs, o paciente é direcionado para essas unidades

Correio Braziliense
postado em 03/04/2023 11:56 / atualizado em 03/04/2023 13:21
 (crédito: Geovana Albuquerque / Agência Brasília)
(crédito: Geovana Albuquerque / Agência Brasília)

Com o objetivo de oferecer suporte às pessoas autistas no Distrito Federal, o Governo do DF (GDF) dispõe de quatro centros especializados em reabilitação (CERs), que têm como foco o atendimento, diagnóstico e tratamento desse transtorno. No DF, estima-se que mais de 13 mil pessoas tenham o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi definido, em 2007, pela Organização das Nações Unidas e é comemorado em 2 de abril.

Um deles, localizado no Hospital de Apoio (HAB), destaca-se no acolhimento às famílias e crianças diagnosticadas com autismo. O CER do HAB foi criado em 2016 para acolher pacientes com a síndrome congênita associada à infecção pelo vírus zika. Depois de concluir seu objetivo, em 2017, o espaço mudou o perfil de atendimento.

A equipe multidisciplinar, composta por médicos neuropediatras e psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos e assistentes sociais, concentra os esforços em promover o melhor atendimento. Isso inclui o enfoque nos procedimentos preventivos.

“Somos referência no atendimento e tratamento de jovens de até 14 anos com autismo”, afirma a neuropediatra Denize Bonfim, que atua no CER. “O importante é que a criança seja diagnosticada o mais cedo possível, de preferência antes dos 4 anos, pois nessa faixa etária o tratamento multidisciplinar é crucial para o seu bom desenvolvimento.”

Acolhimento

Além de todo o suporte oferecido à criança, os pais e as mães também contam com o acolhimento da equipe. Profissionais da psicologia e assistência social atuam nas demandas individuais de cada família e trabalham no manejo comportamental dos envolvidos a fim de proporcionar um ambiente familiar adequado para amparar a criança recém-diagnosticada.

“O que nós fazemos no serviço social é um recorte social de quem está sendo atendido”, explica a assistente social Jozyanne da Silva. “Quando essas famílias chegam aqui, elas trazem muitas demandas sociais, que perpassam não só a vulnerabilidade e o risco social, mas também a dificuldade no acesso aos serviços. Nosso objetivo é viabilizar o acesso ao que é de direito a essa criança e à sua família”, esclarece.

Eliane Aguiar é servidora pública e mãe da pequena Antonella, de dois anos. As duas frequentam o tratamento no HAB desde abril do ano passado. “O atendimento aqui é maravilhoso”, diz. “Inicialmente buscamos atendimento no posto de saúde na Asa Norte e, então, fomos encaminhadas para o Hospital de Apoio. A Antonella faz de tudo aqui: fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional”, declara.

Atendimento prioritário para pessoas autistas

O CER do Hospital de Apoio funciona de segunda a sexta-feira, exceto às quartas-feiras. Somente em 2022, foram registrados mais de 1,8 mil atendimentos. A cada semana, o Centro recebe, em média, oito novas crianças para darem início ao tratamento.

Centros especializados

Para obter o diagnóstico do transtorno, o primeiro passo é ir à unidade básica de saúde (UBS) de referência. Após isso, a equipe de regulação vai direcionar o paciente a um dos centros que mais se adequem ao perfil.

Confira, abaixo, as demais unidades do Centro Especializado em Reabilitação no DF:

Hospital de Apoio de Brasília – AENW 3, Lote A, Noroeste; telefone: 2017.1145

CER II – AE 16, Taguatinga; telefone 2017.1145, ramal 4270

Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni – SGAN 909, Lote C, Asa Norte; telefone 3349.9944

Centro de Orientação Médico-psicopedagógica – Setor Hospitalar Norte, ao lado do Hemocentro; telefone 2017.1992.

 

 

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