Investigada por cometer estelionato contra uma empresa de confecção de roupas em Vicente Pires, a mulher conhecida como “estelionatária da Tuppeware" aplicou o golpe no estabelecimento de moda para colocar aplique no cabelo. Klyvia Aires Bonfim, 29 anos, acumula uma ficha criminal por crimes semelhantes desde 2019. Na manhã desta sexta-feira (24/3), a Polícia Civil do DF (PCDF) cumpriu mandado de busca e apreensão na residência da suspeita.
Em janeiro deste ano, Klyvia foi à loja de roupas em Vicente Pires e adquiriu diversas peças. Durante o pagamento, a autora apresentou um falso comprovante de transferência bancária para, depois, levar as mercadorias avaliadas em R$ 840. Ao perceber que o dinheiro não havia sido creditado, a dona da empresa cobrou a golpista, que prometeu fazer o pagamento via PIX, mas não cumpriu o combinado e apresentou desculpas para não pagar.
No decorrer das investigações, os policiais civis da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) identificaram mais uma trapaça da mulher. Em 3 de maio do ano passado, Klyvia foi até um salão por volta de 8h, na QNN 24 de Ceilândia, para fazer a colocação de um aplique no cabelo. O serviço custava R$ 1,5 mil. A golpista finalizou o procedimento e, ainda durante o serviço, a cabeleireira precisou sair do estabelecimento, mas deixou acordada com a suspeita que o pagamento seria feito via cartão de crédito.
Ao retornar para o salão, no começo da tarde, a funcionária notou que a mulher havia deixado um cartão em nome dela junto à senha. Por telefone, Klyvia pediu para que a proprietária fizesse a transação financeira, mas o cartão deu recusado. Em novos contatos, a golpista deu desculpas, mas não resolveu o problema.
Tuppeware
Entre os crimes, o que mais chama a atenção foi praticado em 2021, quando a autora se apropriou de diversos potes da marca Tupperware adquiridos por meio de compra consignada. De posse dos potes, a mulher divulgou as mercadorias como suas e começou a vendê-las pelo Instagram.
Em 2019, ela teria se apossado de joias e semijoias que também havia recebido por contrato de consignação.
O aparelho de telefone celular da mulher foi apreendido e, depois que os dados foram submetidos a análise, foram encontradas 12 conversas nas quais diversas pessoas cobram da mulher o pagamento de mercadorias por ela adquiridas.
Os bens foram apreendidos e serão devolvidos às vítimas. A Polícia Civil do DF pede para que o nome e a imagem da mulher sejam divulgados a fim de encontrarem mais vítimas e incentiva a denúncia desses crimes.