A secretária de Saúde do Distrito Federal Lucilene Florêncio foi a convidada do CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta terça-feira (21/3). À jornalista Ana Maria Campos, a titular da pasta falou sobre o aumento de crianças infectadas com o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no DF e o que tem sido feito para lidar com esse cenário. A titular da pasta também falou sobre a meta do governo de redução em 60% das filas de cirurgias eletivas.
Florêncio afirmou que a circulação da doença é anual, porém, foi mais agressiva em 2023, principalmente para menores de 2 anos, por conta de dois fatores: pandemia e cobertura vacinal. “Ficamos dois anos com as nossas crianças em isolamento, ou seja, não havia o contato com outras crianças. Também não podemos deixar de salientar a cobertura vacinal. Precisamos aumentar a nossa cobertura vacinal nas doenças imunopreveníveis. Se crianças tivessem sido expostas a crianças com calendário vacinal completo, esse vírus seria menos agressivo”, explica.
Para lidar com a situação, a prioridade está sendo o reforço da mão de obra de profissionais da saúde, principalmente em pediatria. Na Saúde do DF, há 510 pediatras, distribuídos em atenção secundária e hospitalar. “Hoje, pela manhã, fizemos todo um redirecionamento. Conversei com a atenção secundária para que priorizássemos a pediatria geral nesses ambulatórios", afirmou.
Cirurgias eletivas
Outro ponto abordado na entrevista foi a demanda por cirurgias eletivas no DF. Cerca de 32 mil pessoas estão aguardando na fila para algum processo cirúrgico. Segundo a secretária de Saúde do DF, esse número aumentou por conta da pandemia de covid-19. Para lidar com isso, o GDF se apoia em investimentos locais e federais.
“Houve o aporte de R$ 24 milhões por parte da Câmara Legislativa (do DF) para a realização das cirurgias. Além disso, temos um projeto do Ministério da Saúde que visa o enfrentamento das filas de consultas e exames. O Distrito Federal será contemplado com R$ 9 milhões”, pontuou.
Além disso, Florêncio ressaltou que foram chamados 1.235 servidores para atender a essas demandas. “Tivemos administradores, contadores, 22 especialidades médicas, farmacêuticos, odontólogos, etc.” afirmou. Apesar disso, ainda há dificuldade para posse dos cargos, já que a nomeação desses servidores teve 68% de adesão. Dos 436 médicos chamados, apenas 50% tomaram posse.
Ainda assim, espera-se uma redução de 60% na fila de espera para cirurgias do DF. Isso também será alavancado pela publicação de um edital (ainda sem previsão) de parceria com a iniciativa privada. “Já fizemos o estudo técnico, o projeto básico está pronto, agora vamos para a construção do edital, com pesquisa de preço no mercado, para construir uma tabela e expor ao Conselho de Saúde do Distrito Federal (CSDF) para que possamos começar”, concluiu.
Veja o CB.Poder na íntegra:
*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel
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