O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o compartilhamento de provas para uma das investigações dos atos de 8 de janeiro. Trata-se de uma apuração interna da Polícia Federal contra a delegada Marília Ferreira Alencar. Ela foi diretora da Inteligência do Mistério de Justiça na gestão de Jair Bolsonaro e também atuou como subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).
De acordo com a decisão, as provas do inquérito que apura a participação do governador Ibaneis Rocha, Polícia Militar e autoridades nos atos golpistas contra as sedes dos três poderes também serão usadas nesta investigação interna.
A investigação quer descobrir se Marília escondeu provas após os mandados de busca e apreensão da operação Lesa Pátria, que investiga os autores dos ataques ao Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.
A PF suspeita de que a servidora teria formatado o aparelho celular antes de entrega-lo. "É de elevada gravidade o fato de que a servidora da Polícia Federal teria procurado terceiro com o intuito de 'formatar seu celular' o que, em se comprovando as informações acima, pode caracterizar alteração do estado de coisas, qual seja o conteúdo do aparelho, visando a eximir-se de responsabilidade", diz o documento.
Segundo eles, a conduta configura abuso de autoridade, ainda mais por ter ocorrido no dia 20 de janeiro – em que ocorreu uma das etapas da operação Lesa Pátria.
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