Preso por tráfico de drogas, o agente penitenciário federal Bruno César de Lima Barbosa acumula antecedentes criminais por por violência doméstica e porte de drogas. O servidor público é lotado na Penitenciária Federal de Brasília (PFBRA), unidade prisional que abriga criminosos considerados de alta periculosidade. Entre eles, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da maior facção do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Bruno é servidor público há quase 17 anos e passou por penitenciárias federais de outros estados, como a de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O servidor vinha sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por suspeita de receber encomendas de medicamentos e anabolizantes pelos Correios com destino ao Aeroporto Internacional de Brasília.
Nessa quinta-feira (9/3), após monitoramento dos policiais civis da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), Bruno foi preso em flagrante no âmbito da operação Tracking. Segundo as investigações, o agente penitenciário recebeu, em casa, em Ceilândia, a mercadoria de anabolizantes vindos de outro estado. Durante as buscas, as equipes encontraram várias porções de maconha e uma plantação da erva no quintal do imóvel.
O servidor público foi preso e autuado por tráfico de drogas. Em depoimento, ele disse que as drogas, os medicamentos e os anabolizantes seriam para o uso pessoal. Além disso, negou a venda a terceiros.
Transferência Marcola
Marcola foi transferido para Brasília em 25 de janeiro. O criminoso estava detido na Penitenciária Federal de Porto Velho e veio para a PFBRA. A operação de transferência foi coordenada pela Secretaria de Políticas Penais do Ministério da Justiça e realizada durante a tarde, sob forte esquema de segurança. O motivo da mudança de prisão, segundo revelou o ministro da Justiça, Flávio Dino, seria a existência de um suposto plano de fuga de Marcola da unidade.
Marcola havia sido transferido para Rondônia em março do ano passado. Ele havia saído exatamente da PFBRA. Na época, a remoção foi um pedido do governador do DF Ibaneis Rocha, atualmente afastado do cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), após os atos golpistas de 8 de janeiro, na capital federal.
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