A presidente da Comissão de Enfrentamento da Violência Doméstica da OAB-DF, Cristina Tubino, esteve presente no segundo painel do Correio Debate, nesta terça-feira (7/3), que abordou sobre avanços na legislação para combater a violência contra a mulher. Para ela, existe uma gama de previsões e medidas legais sobre os casos de gênero. ”Temos que ver a melhor forma de implementar e também procurar onde a lei tem falhado”, disse a advogada.
Ainda segundo Cristina, é preciso identificar a origem do problema. “Não adianta só punir, tem que prevenir antes de criar mais um projeto de lei. É um trabalho de pesquisa histórica e social”, afirmou Cristina.
A mediadora Ana Maria Campos, colunista do Correio, pontuou a importância de verificar como o júri enxerga as causas de gênero no tribunal. Segundo a jornalista, muitos advogados destroem a imagem da vítima, como forma de justificar o crime cometido pelo réu. A presidente da comissão da OAB-DF afirma que a forma em como essas vítimas são tratadas na Justiça é uma causa pertinente na pasta.
Cristina afirmou que cerca de 50% das mulheres que sofrem algum tipo de violência deixam de procurar o Judiciário e procuram a família. "Muitas não sabem dos seus direitos e acham que a Justiça não funciona”, detalhou.
Por fim, a advogada alerta sobre a importância de da visibilidade a violência contra a mulher. “Os dados sobre feminicídio só começaram a ser contabilizados em 2015. Antes, eram somados juntos com o números totais de mortos e não se abordava sobre as mulheres estarem sendo mortas pelo simples fato de serem mulheres”, concluiu Cristina.
Correio Debate
O Correio promoveu nesta terça-feira (8/2) um debate com o tema "Combate ao feminicídio: responsabilidade de todos". O seminário contou com a presença de autoridades governamentais, empresariais e acadêmicas. Divido em três painéis com temas diferentes, elas conversam sobre violência domésticas, estupro, impacto do patriarcado sobre a sociedade, medida governamentais, entre outros.
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