A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou por homicídio qualificado e por fraude processual o soldado acusado de atirar e matar o bombeiro Walter Leite da Cruz, de 38 anos. O crime ocorreu na tarde de 10 de novembro do ano passado, em Ceilândia, enquanto uma equipe da PM corria atrás de um suspeito de violência doméstica.
No dia dos fatos, o suspeito de atirar contra o bombeiro, o soldado Ismael Coutinho da Mota, foi conduzido à Corregedoria da Polícia Militar, apesar da orientação dos delegados de que o policial se apresentasse na delegacia, por entender que se tratava de um crime comum a ser julgado pelo Tribunal do Júri de Ceilândia e a ser apurado pela Polícia Civil.
À época, o soldado chegou a passar por audiência de custódia e teve a liberdade provisória concedida. Ao longo de quase quatro meses de investigação, os policiais civis da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) concluíram que a materialidade do homicídio foi demonstrada pelo laudo cadavérico, que concluiu que a morte da vítima se deu por traumatismo e descartou quaisquer dúvidas acerca da autoria do crime.
No dia do disparo, Walter estava em casa junto à mulher e os dois filhos. Em depoimento, a mulher da vítima relatou ter notado uma movimentação estranha na residência no momento em que estava na cozinha. Ao ir até à sala, ela contou que viu o momento em que o PM fardado disparou contra o marido a cerca de 3m de distância.
Em defesa, o soldado alegou que confundiu o bombeiro com o criminoso que estava em fuga. No entanto, a versão do policial foi "rasa", segundo apontaram as apurações. As investigações revelaram que, após o disparo contra Walter, os policiais tiraram a blusa do servidor na tentativa de fraudar a investigação, uma vez que o suspeito estava sem camisa e a ideia era "criar" uma situação para justificar o erro. Este motivo fez a PCDF indiciar Coutinho e um segundo PM por fraude processual.
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