Com os dois últimos casos de feminicídio, ocorridos na quinta-feira (2/2), o Distrito Federal chegou a oito mulheres mortas de janeiro até o início deste mês. Comparado ao mesmo período do ano anterior, o aumento de vítimas desse crime é de 60%. Para ajudar a dar um basta a essa tragédia diária, o Correio, aliado à sociedade, promove um evento, na próxima terça-feira (7/3), para debater especificamente os motivos e quais as possíveis formas de enfrentamento à violência contra mulher.
O evento será realizado das 14h às 18h, e tem como tema "Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos". A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, vão participar da abertura. Tanto no âmbito distrital quanto no federal, os chefes do Executivo estão sensibilizados com a alta expressiva no número de ocorrências de violência doméstica, especialmente as que provoca a morte de uma mulher.
No início de fevereiro, a governadora em exercício anunciou uma força-tarefa do governo do DF no sentido de enfrentar as agressões contra as mulheres. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, participará do debate, assim como a deputada distrital Doutora Jane (Agir), que também é delegada da Polícia Civil e tem a defesa da mulher como uma das bandeiras.
A preocupação também é manifestada pelo governo federal. Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que seu mandato terá o menor índice de feminicídio e defendeu que o Brasil precisa de penas mais severas em relação ao crime contra o sexo feminino. Para falar sobre isso, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou presença. Ele estará no encerramento do debate.
A ministra do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha, a juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Rejane Jungbluth Suxberger e a presidente da Comissão de Enfrentamento à Violência Doméstica contra a Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Cristina Tubino estão entre as painelistas.
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