Os preparativos para o 63° aniversário de Brasília foram iniciados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa. No Podcast do Correio, o secretário da pasta, Bartolomeu Rodrigues, mencionou que está sendo preparada a retomada dos desfiles das escolas de samba do Distrito Federal. Para isso, haverá dois grupos, o especial e do de acesso (veja quadro), assim como o carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo, além de uma homenagem ao sambista Marcelo Sena, que faleceu no final de janeiro em decorrência de um câncer de próstata.
Ao editor de Cidades e de Cultura do Correio, José Carlos Vieira, Bartolomeu disse que as agremiações sofreram com o abandono e falta de incentivo de políticas públicas nos últimos anos. O secretário disse que o glamour das escolas de samba está de voltas.
"Estamos montando essa passarela, que é a nossa 'Marquês de Sapucaí' ao lado do espaço Eixo Cultural Ibero-Americano, que é a antiga Funarte. Aquela pista paralela, lateral à Torre de TV, será fechada e vai ser tudo transformado para montar a passarela, com direito a camarotes. Ela vai se chamar passarela Marcelo Sena, que é uma homenagem ao nosso grande sambista. Vamos comunicar ainda a família dele", contou. Os desfiles ocorrerão em 21 e 22 de abril, com a apuração em 23 de abril.
Bartolomeu ressaltou, também, que existem negociações, junto à Secretaria de Turismo, para trazer atrações nacionais no aniversário de Brasília, além de artistas locais. Apesar de não revelar os nomes, o desejo é agradar o brasiliense na festa da sua cidade. "De uma certa forma, é uma cereja (do bolo). Queremos que a população fique feliz. Serão os eventos na passarela", detalhou.
O secretário manifestou o desejo de levar à Praça dos Três Poderes, na tarde de 23 de abril, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS). Para ele, é essencial resgatar aquele palco depois da depredação dos prédios dos atos golpistas de 8 de janeiro. "Queremos finalizar tudo isso (carnaval), fazendo uma coisa magnífica. (Fazer) Um palco gigante na Praça, com um grande concerto (da orquestra) especial de desagravo daquele lugar. Pedir à população, que de fato ama essa cidade, para ir com suas famílias para lá. É uma ideia (em elaboração). Tudo isso está dependendo de questões de segurança", contou.
Teatro Nacional
Fechado há quase nove anos, o Teatro Nacional está entre uma das metas do governo Ibaneis Rocha. Bartolomeu crê que a reforma de todo o espaço seja semelhante à restauração do Museu do Ipiranga, de São Paulo. O teatro da capital paulista ficou fechado por nove anos e custou aos cofres R$ 235 milhões. "Vai ser mais ou menos o que estamos prevendo para cá (o custo). Ele (museu do Ipiranga) está preservado, mas adaptado ao mundo atual. O que era uma luz de néon, hoje é de LED, por exemplo. Com ou sem (recursos do governo federal), nós vamos fazer (todas as reformas). É uma questão de honra para o Estado. Claro, que se tiver ajuda, bem melhor. O Banco de Brasília (BRB) está comprometido (com a reforma da Sala Villa-Lobos).
A resposta também foi em referência ao caso envolvendo às 1.100 cadeiras do designer Sérgio Rodrigues, guardadas em um depósito dentro do teatro. Bartolomeu ressaltou que a preservação do espaço conta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Ele também citou uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a reforma do Teatro Nacional e reforçou que conta com o apoio do governo federal para a reforma total do espaço. "Quando me encontrei com ele (Lula), falei para nos ajudar. O teatro vem de décadas de abandono. No momento que ele foi fechado, o teatro estava pedindo socorro há muito tempo. A pergunta que eu faço é: 'Como a gente deixou chegar naquele ponto? Porque todos nós (estado e sociedade) somos responsáveis", assinalou.
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