Uma enfermeira e a filha dela foram alvos, na manhã desta sexta-feira (3/3), de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que investiga o tráfico de drogas na área central de Brasília, no Setor Comercial Sul, Rodoviária do Plano Piloto e nas proximidades de Centro de Convenções. Além delas, outras quatro pessoas, sendo dois homens e duas mulheres, também são suspeitas de participar da associação criminosa.
Por meio da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados nas regiões administrativas de Ceilândia, Samambaia, 26 de setembro, Taguatinga, São Sebastião e Setor Comercial Sul. Denominada de “caminho das pedras”, a operação é resultado de uma investigação de nove meses. Durante a apuração, os agentes identificaram os suspeitos e acompanharam as atividades do grupo de mulheres que abasteciam as áreas do centro da capital com “crack” e “cocaína”. Entre os investigados estão uma mãe, que abandonou a carreira de enfermeira para se dedicar à venda de drogas, e uma filha.
Segundo a polícia, a líder da associação mantinha contato com várias pessoas, inclusive moradores de rua e flanelinhas de áreas como a Rodoviária do Plano Piloto, Setor Comercial Sul e proximidades do Centro de Convenções Ulisses Guimarães. Um dos locais nos quais foi cumprido um mandado seria uma sala no Setor Comercial na qual funcionava uma espécie de “escritório do crime”, servindo de base de apoio para que o grupo distribuísse as drogas.
No imóvel, que servia como centro de distribuição, as investigadas chegaram a participar, por videoconferência, de uma audiência de instrução criminal para a qual cooptaram um morador de rua, que também foi alvo da operação, para assumir as drogas apreendidas em uma abordagem ocorrida durante as investigações. A ideia das “chefes” da organização era de se livrar de uma possível condenação por tráfico de drogas.
De acordo com a investigação, além de fornecer drogas na área central de Brasília, outra mulher do grupo mantinha um hotel em frente à Praça do Relógio, em Taguatinga. O local, no qual eram organizados encontros entre garotas de programas e clientes, servia como ponto de comércio das drogas, entre elas o “crack”, em uma espécie de “venda casada” entre sexo e drogas. (Confira o vídeo do hotel abaixo).
Todos os alvos da operação já tinham passagem por vários crimes, principalmente por tráfico de drogas. Durante a operação, a polícia contou com 70 policiais civis, além da Divisão de Operações Especiais e o DF Legal.
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