Guilherme Nascimento, 29 anos, assassino confesso da jovem Letícia Barbosa Mariano, 25, usou uma chave extratora de remoção de chip celular para furar o pescoço da vítima por várias vezes, segundo contou ele em depoimento prestado à polícia. Letícia foi morta ao ser brutalmente espancada pelo namorado no apartamento dele, no Setor de Indústria Gráfica de Taguatinga Norte, na madrugada desta quinta-feira (2/3()
Letícia Barbosa e Guilherme mantinham um relacionamento há sete meses. Os dois já haviam sido presos anteriormente e prestavam serviço comunitário na Secretaria de Educação. Em pouco tempo de namoro, Guilherme não hesitou em revelar a personalidade obsessiva e o ciúmes doentio.
Segundo o delegado-chefe da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), Letícia chegou a ser agredida ao menos nove vezes no período do namoro. Numa delas, ela teve a mão perfurada por uma faca em Águas Lindas de Goiás, mas evitou denunciar o fato à polícia. De todas as agressões, em apenas três ela resolveu buscar ajuda. De acordo com o delegado, havia uma dependência emocional por parte da vítima para com o companheiro. “É uma situação lamentável, porque as agressões eram muito graves. Ele tinha uma crise de ciúmes obsessiva, o que, com certeza, não era amor”, frisou.
Em depoimento prestado na delegacia, o agressor disse que o motivo de ter assassinado a namorada seria por “tudo que ela havia feito a ele”. “Houve uma discussão por ciúmes. Em outras situações, o autor exigia olhar o celular da vítima e dava início a uma briga”, disse o delegado.
Antes de assassinar Letícia, o casal chegou a consumir drogas e álcool no apartamento dele. Segundo o investigador, Guilherme levou a mulher até o banheiro e deu início a uma sessão de espancamento, com chutes, socos e chegou a bater a cabeça dela contra uma estrutura do cômodo. Mesmo ferida, o homem usou a chave extratora de remoção de chip celular para furar o pescoço da vítima por várias vezes. Vizinhos de Guilherme notaram que tinha algo de errado e acionaram a polícia. Após cometer o feminicídio, o criminoso ligou para o pai e confessou o crime, mas quando as equipes chegaram ao endereço ele havia fugido.
Em poucas horas, os policiais civis da 17ª DP, após diligências investigativas e coleta de depoimentos, conseguiram capturar Guilherme em Ceilândia. O homem estava escondido em uma suíte do Hotel 1001 Noites.