Tem gatos grandes, pequenos. Tem os ansiosos, os mais sossegados. Todos são sobreviventes e em busca de uma família. Gatinhos com FeLV terão a chance de encontrar um lar, neste domingo (5/3), na feira de adoção no café My Cat Space, na CLN 111 Norte.
O processo é fácil: o adotante deve ter mais de 18 anos, levar os documentos para preencher o formulário de requisitos (como caixinha de areia e apartamento com tela de proteção) e assinar um termo de responsabilidade. Os pets receberão os candidatos das 10h às 14h.
Assim como os animais idosos e de pelos negros, aqueles com FeLV acabam ficando até o fim das feiras de adoção – quando são aceitos, muitas feiras os rejeitam.
Mas com informação e conhecimento esse preconceito pode acabar. É o que acredita a especialista em medicina felina Fernanda Melo. “Para muitos, o diagnóstico é uma sentença de morte, mas temos gatinhos de até 18 anos vivendo super bem”, indica.
A programação da feira inclui a palestra da veterinária, que vai tirar dúvidas sobre a doença, os cuidados necessários e a rotina desses animais. “Vamos explicar as formas de progressão da infecção, frequência e tipos de testes e a importância de um lar”, adianta,
Ação é uma parceria de várias Ongs protetoras que disponibilizaram 30 gatos resgatados, entre filhotes e adultos, de diferentes portes e pelugens. Todos vacinados e castrados.
Afinal, o que é FeLV?
A FeLV é um mal causada por vírus, exclusivo dos gatos, que ataca o sistema imunológico. A doença ficou conhecida como leucemia felina por causar tumores e por deixar os gatos vulneráveis a outras doenças.
“Vai alterar a imunidade do animal, mas também pode ter falta de apetite, emagrecimento, anemia e outros sintomas inespecíficos, que necessitam de exames”, explica Melo.
O contágio é causado quando o pet lambe outro gato infectado, compartilha potes de ração ou água e caixa de areia.
Não existe uma cura, mas o gatinho pode tratar cada sintoma individualmente. “Se ele apresenta anemia, fazemos transfusão sanguínea”.
Tratamento em forma de amor
Durante o dia o seu lar era uma agropecuária. Pela noite, enfrentava os maus tratos nas ruas. Até em um poço ele foi jogado. Foi um longo sofrimento até Miranda (quando ainda nem tinha esse nome) chegar na casa de Mônica Silva.
Com o novo ninho em Ceilândia, também vieram novos cuidados. Logo nos primeiros exames, o gato foi diagnosticado com FeLV e Fiv – Aids felina.
Para muitos tutores, o resultado seria sinônima de eutanásia, mas a bióloga de 33 anos, foi uma forma de dar uma nova vida para Miranda.
“A gente jamais colocaria ele na rua de novo [por causa das doenças]. Agora ele tem tudo, escadinha e brinquedinho. Ele brinca a noite todinha de bola e não deixa minha irmã dormir”, conta.
Miranda chegou a ser irmão de outros quatro gatos e de um cachorro, que foram vacinados para conviverem com o pet.
Os cuidados de Mônica também são dobrados. “Observar se ele está se alimentando direitinho, tomando água, olhar as fezes, fazer exame a cada seis meses” está dentro da rotina da família há cinco anos.
“Adotar um FeLV muda sua vida pra melhor. Não tem doença que o amor e o cuidado supere”.
Estagiário sob a supervisão de Suzano Almeida
Notícias no seu celular
O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:
Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!