O advogado Cledmylson Lhayr Feydit Ferreira, 60, acusado de agredir a também advogada Giselle Piza Oliveira, 41, e investigado por fazer ameaças a um representante da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), pediu que um dos processos que ele responde entrasse em segredo de Justiça, mas o pedido foi indeferido pela juiz da 17ª Vara Cível de Brasília.
A defesa do advogado pediu que o processo ficasse em segredo porque Cledmylson está vivendo uma situação “conflituosa com a imprensa, Poder Judiciário e OAB-DF, além da decretação da prisão preventiva dele”. Nesse processo, o advogado preso tem que pagar mais de R$ 20 mil por dar calote em um inventário após o falecimento de uma mulher.
O caso ocorreu há 13 anos, quando Cledmylson ofereceu os serviços a dois irmãos — após o falecimento da mãe deles. O advogado pegou os dois veículos da falecida e vendeu, sem avisar os filhos da mulher. Após isso, os irmãos tiveram que exigir judicialmente a devolução dos veículos. A partir daí, foi iniciada uma guerra judicial.
Cledmylson está preso desde segunda-feira (27/3), após policiais da 2ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal (Asa Norte) prenderem o advogado por ameaçar de morte o conselheiro e presidente do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB-DF, Antônio Alberto do Vale Cerqueira.
Carteira suspensa
O advogado, de 60 anos, teve a carteira profissional suspensa pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF), após agredir a colega Giselle Piza de Oliveira, 41, na manhã da segunda-feira (20/3), na CCSW 5, no Sudoeste. A decisão foi tomada pelo TED da instituição.
O conselheiro da OAB-DF Antonio Alberto registrou boletim de ocorrência contra o advogado Cledmylson Lhayr Feydit Ferreira, após ser ameaçado de morte. De acordo com Antonio, no boletim de ocorrência, registrado na quinta-feira (23/3), às ameaças iniciaram quando ele, responsável pelo tribunal de ética da OAB-DF, suspendeu a carteira profissional de Cledmylson.
As ameaças ocorreram por meio de mensagens do Instagram. Além do conselheiro, o advogado enviou mensagens ameaçando a filha e a esposa dele. A reportagem procurou a defesa de Cledmylson, mas não conseguimos contato. O espaço segue aberto para manifestações.
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