O deputado Distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil) foi o convidado do CB.Poder — parceria entre TV Brasília e Correio — de ontem. Ele falou sobre a aprovação do reajuste salarial para servidores públicos do DF, que deve ser votado na Comissão de economia, orçamento e finanças da Câmara Legislativa do DF (CLDF) nesta semana. Ao jornalista Carlos Alexandre de Souza, o parlamentar também comentou sobre a recomposição dos quadros de servidores e projetos para o público com Síndrome de Down no DF.
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Há o projeto de reajuste dos servidores, que é de extrema relevância e passa diretamente pela sua comissão. Como ele está?
Está para apreciação. Chegou na semana passada e queremos dar uma agilidade grande para ver se conseguimos votar ainda esta semana. Sabemos das dificuldades que o governo tem, do ponto de vista orçamentário, mas vamos lutar para aprovar o que chegou para nós, e que o governo disse que cabe.
Algumas carreiras gostariam que fosse maior o reajuste, certo?
Com certeza, e é merecido, como os profissionais de educação e diversos outros que têm um trabalho magnífico pela nossa cidade. Espero que consigam um reajuste maior, porque nesse momento o governo acabou mandando o que acho que cabia na conta. Tenho certeza que o governo tem intenção de valorizar ainda mais os profissionais, e se for possível, digamos assim, em algum momento dar um reajuste que essas pessoas esperam e merecem.
Uma questão que preocupa o senhor é a substituição. Muitos se aposentando e existe uma dificuldade de reposição. Como está vendo isso?
É uma coisa que nos preocupa muito, principalmente na Segurança Pública. Tínhamos, 20 anos atrás, mais ou menos um terço da população que o Distrito Federal tem hoje. Havia quase 18 mil policiais na ativa. Hoje temos 8,9 mil. Não adianta falar de segurança pública sem falar de recompor os quadros, de ter pessoal, gente em campo. Acho que é um desafio que vamos ter pela frente.
Tem um outro ponto importante do seu trabalho, que é uma frente parlamentar para portadores de Síndrome de Down. Uma frente parlamentar recente, criada, semana passada. Como está isso?
Tenho feito um trabalho em defesa das pessoas com síndrome de Down aqui no DF. No meu mandato passado tive a oportunidade de trabalhar pela revitalização do Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown), que hoje atende essas pessoas aqui no DF. Abracei a causa da construção do centro de referência independente. Gostaria que o DF fosse uma referência e mundial no que tange ao cuidado da pessoa com essa condição. Estamos trabalhando para isso.
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Já foi feita a reforma?
Não, fizemos a revitalização. Agora estamos trabalhando para construir uma unidade independente. Hoje ele (CrisDown) funciona dentro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Fizemos a frente parlamentar a partir daí. Começamos a conversar com as pessoas, identificar outras demandas.
Inclusive, não havia informação de quantas pessoas com essa condição havia no DF, certo? Estamos falando de quantas pessoas?
São de 7 mil a 10 mil pessoas. Esse dado não existia ano passado. Nós somos o primeiro estado do Brasil a fazer um senso dessa população para originar a política pública. Estamos tentando ter esse cuidado de sempre fazer isso, para que consigamos fazer leis ou projetos que realmente vão acontecer na prática e ajudar as pessoas.
O senhor vem de uma família empresarial e presidiu a comissão do desenvolvimento econômico no seu primeiro mandato. Uma questão grave e importante aqui no DF é o desemprego. O que precisa ser feito na sua avaliação para lidar com isso?
Precisamos nos tornar atraentes de novo. Trazer para o Distrito Federal empresas de fora, grandes e ajudar as locais a se desenvolverem. Eu acho que existe hoje uma dificuldade grande de acesso ao fomento para as empresas pequenas. Acho que o Estado pode participar também da perspectiva de ajudar formar esses empreendedores.
Como os jovens se encaixam nesse cenário?
Temos uma dificuldade enorme que são os empregos para os jovens. Hoje, temos um índice extremamente elevado de jovens que não conseguem ter acesso ao mercado de trabalho. Muitos não estudam nem trabalham. Talvez tenhamos o maior índice da história de desempregados entre 16 e 29 anos. Então, é importante pensarmos na qualificação técnica, nestes empregos do futuro e trazer essas empresas para que consigamos vincular a vontade desse jovem de trabalhar com as oportunidades de emprego que vão surgir aqui.
*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado
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