Campanha

Dia Nacional do Orgulho Gay: GDF divulga campanha sobre combate a LGBTfobia

Em vídeo que passará por monitores de unidades do Na Hora e na Rodoviária Interestadual de Brasília, intenção é promover a sensibilização da sociedade contra o preconceito

Pablo Giovanni
postado em 25/03/2023 13:17 / atualizado em 25/03/2023 13:18
 (crédito: AFP / Denis LOVROVIC)
(crédito: AFP / Denis LOVROVIC)

O Dia Nacional do Orgulho Gay, celebrado neste sábado (25/3) em todo o território nacional, traz uma campanha de sensibilização da sociedade contra o preconceito e o respeito às diferentes orientações sexuais. A partir de hoje, as pessoas que passarem pelos postos do Na Hora e pela Rodoviária Interestadual de Brasília poderão conferir, pelos monitores, um vídeo de 30 segundos elaborado pelo Governo do Distrito Federal (GDF).

Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, as políticas públicas organizadas pela pasta buscam trazer o reforço do combate à homofobia, defendendo uma sociedade mais igualitária e livre de preconceitos. “Acredito que, a partir das ações de inclusão, poderemos conscientizar a população sobre o combate à LGBTfobia e assim mostrar que é justa toda forma de amor”, destaca. “A partir das políticas públicas propostas pela Sejus, queremos garantir mais proteção e amparo aos LGBTs”, completou.

Por meio da Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial (Subdhir) e sua Coordenação de Políticas de Proteção e Promoção de Direitos e Cidadania LGBT (Coorlgbt), a pasta tem como premissa básica promover o pleno exercício da cidadania.

Deputado mais votado da história do DF, Fábio Felix (PSol) é o primeiro parlamentar assumidamente gay. Ao Correio, ele destacou a importância da data e deixou um recado: é necessário avançar na garantia dos direitos da população LGBTQIAP+. “Essa data é importante para reafirmarmos o nosso orgulho e darmos um recado bem claro aos LGBTfóbicos: não voltaremos para os armários”, disse.

“Ser o primeiro deputado distrital orgulhosamente gay mostra que ainda temos um longo caminho a avançar e a luta por representatividade nos espaços de poder precisa ser reforçada. O Brasil é um dos países que mais matam a população LGBTQIA+ e precisamos ocupar a política para avançar na garantia de direitos, na proteção da nossa vida e da nossa dignidade”, completou.

Orgulho

Foi em 28 de junho de 1969 que os frequentadores do Stonewall Inn., bar gay no vilarejo de Greenwich, em Nova York, resolveram dar um basta nos anos de violência e perseguição policial aos seus membros e espaços de convivência, causando o "levante" ou "revolta" que daria origem ao movimento LGBTQIAP+ de hoje.

Naquela época, a polícia de Nova York tinha o hábito de invadir bares e baladas gays para prender quem encontrasse no caminho, mesmo que o indivíduo em questão não estivesse violando a lei. Em 29 de junho, ao tentar fazer o mesmo com um grupo de lésbicas que estavam no Stonewall Inn, eles foram contra-atacados pelos outros frequentadores, que atiravam pedras, tijolos e moedas na viatura e davam início ao que mais tarde foi batizado de "levante" ou "revolta", perdurando pelas semanas seguintes.

A história exata de "quem atirou a primeira pedra" na Revolta de Stonewall é incerta, mas muitos acreditam que uma das principais lideranças a instigar o levante dos gays e lésbicas frequentadores do bar foi a ativista transexual e drag queen Marsha P. Johnson. Em 2019, o jornal americano The New York Times entrevistou testemunhas vivas daquele episódio em busca de uma resposta, mas eles também divergem sobre a autoria do primeiro movimento, apesar de serem unânimes ao creditar boa parte da animosidade a Marsha.

Acompanhada de Sylvia Rivera, outra mulher transexual e imigrante latina que trabalhava ao seu lado como prostituta, Marsha liderou uma passeata até o Central Park que começou naquele dia e se repetiu pelos próximos. Era a primeira vez que a comunidade LGBT+ ocupava um espaço público e em movimento, com placas, gritos e reivindicações de direitos básicos. Nascia, assim, a primeira Parada do Orgulho.

Com informações da Agência Brasília*

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