O Distrito Federal viveu, nesta segunda-feira (20/3), o último dia de verão, comumente marcado pelas chuvas intensas e altas temperaturas. Neste ano, porém, a quantidade de precipitações foi menor em comparação a média para a estação. O normal para todo o período é 608,2mm, mas o acumulado desde o início foi de 476mm — um déficit de volume de 132,2mm.
Para os próximos dias, nada de seca. O meteorologista Heráclio Alves conta que o começo do outono — atual estação — é um período de transição e, na primeira metade, a estação terá todas as características de verão.
"Para esta semana, terá um tempo mais chuvoso, principalmente no período da tarde, com o aquecimento diurno, e com chuvas a qualquer hora do dia", avalia o especialista. Já a segunda metade vai adquirindo as características do inverno, com tempo mais seco e frio. "As chuvas vão reduzindo", complementa Heráclio Alves.
Temporada de estragos
Teve menos chuva, mas os efeitos para a população não foram amenos. No Sol Nascente, considerada a maior favela do Brasil, os moradores sofreram os impactos das águas. Antonio Evaldo Ribeiro, 77, conta que, para ir ao mercado, precisa subir de bicicleta pelas ruas e relata que já quebrou a perna após escorregar durante um temporal.
"Quando está chovendo, é preciso pegar uma canoa para passar (risos), já me machuquei diversas vezes. A chuva estando muito forte. É perigoso alguém cair e se afogar", narra. O aposentado explica que recentemente tem chovido bastante onde mora. "A comunidade se junta para cobrar as autoridades, mas nada é feito", ele desabafa.
Outro morador que sente na pele os estragos causados pelas precipitações é Joseval da Silva Rocha, 37. Ele pontua as dificuldades para levar as crianças ao colégio quando a rua está alagada. "Hoje mesmo ela faltou, pois começou a chover e não tem como levar. Minha esposa também estava mal. Ela passou a semana de cama, pois caiu esses dias andando na rua enquanto estava chovendo", explana.
O pedreiro mora na região há três anos e, como a área onde vive não tem asfalto, fica "extremamente complicado" andar no barro. "Fica muito escorregadio. Quando minha esposa caiu estava com ela [a filha], ainda bem que foi só um susto, mas poderia acontecer algo pior", salienta.
*Estagiário sob a supervisão de Patrick Selvatti
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