ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Moraes autoriza compartilhamento de provas para investigação interna da PF

PF apura se a delegada Marília Ferreira Alencar, então subsecretária de Inteligência da SSP-DF, escondeu provas após o início da operação Lesa Pátria, que investiga os ataques contra as sedes dos três poderes em 8 de janeiro

Pablo Giovanni
Amanda Sales
postado em 17/03/2023 17:59 / atualizado em 17/03/2023 17:59
 (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
(crédito: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o compartilhamento de provas para uma das investigações dos atos de 8 de janeiro. Trata-se de uma apuração interna da Polícia Federal contra a delegada Marília Ferreira Alencar. Ela foi diretora da Inteligência do Mistério de Justiça na gestão de Jair Bolsonaro e também atuou como subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).

De acordo com a decisão, as provas do inquérito que apura a participação do governador Ibaneis Rocha, Polícia Militar e autoridades nos atos golpistas contra as sedes dos três poderes também serão usadas nesta investigação interna. 

A investigação quer descobrir se Marília escondeu provas após os mandados de busca e apreensão da  operação Lesa Pátria, que investiga os autores dos ataques ao Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. 

A PF suspeita de que a servidora teria formatado o aparelho celular antes de entrega-lo. "É de elevada gravidade o fato de que a servidora da Polícia Federal teria procurado terceiro com o intuito de 'formatar seu celular' o que, em se comprovando as informações acima, pode caracterizar alteração do estado de coisas, qual seja o conteúdo do aparelho, visando a eximir-se de responsabilidade", diz o documento.

Segundo eles, a conduta configura abuso de autoridade, ainda mais por ter ocorrido no dia 20 de janeiro – em que ocorreu uma das etapas da operação Lesa Pátria.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para contato. Clique aqui e mande o e-mail.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE