"O Iges precisava de uma sacudida", disse Ibaneis sobre crise nas UPAs

O Iges é o responsável por gerir 15 unidades de saúde no DF. Somente em março, foram três mortes de pacientes em UPAs ou que passaram por atendimento em uma das unidades

Mila Ferreira

postado em 16/03/2023 12:58 / atualizado em 16/03/2023 12:58

(crédito: Ed Alves)

Ao retomar o comando do Governo do Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (16/3), o governador Ibaneis Rocha falou sobre a situação atual do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Segundo o chefe do Executivo, o instituto precisava de “uma sacudida”.

Ibaneis elogiou a ex-presidente Mariela Souza e também o médico indicado para substituí-la no cargo, Juracy Cavalcante. “Mariela era uma pessoa do meu convívio pessoal, mas precisava de uma sacudida no Iges e a Celina colocou uma pessoa com muita capacidade no lugar. Juracy também é piauiense, como eu, de Corrente, é muito competente”, frisou.

Mortes 

Somente em março, três pacientes morreram em UPAs ou após receber o primeiro atendimento nas unidades. Familiares acusam os profissionais de negligência. Em 8 de março, Herbert de Oliveira da Silva, 15 anos, morreu após ser medicado na unidade de Samambaia. Ele tinha machucado do joelho e, após ser atendido lá, teve um quadro de reação alérgica e insuficiência respiratória. Um dia depois, Cidalva Prates Guedes, 57 anos, faleceu após sofrer traumatismo craniano depois de cair da janela da UPA de Ceilândia.  Ela buscou atendimento com quadro de dengue. Em 10 de março, Warley Eduardo, 30 anos, morreu após receber alta da unidade de Ceilândia. Ao todo, são 15 unidades geridas pelo Iges no DF.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, voltou ao cargo após 66 dias afastado por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ao chegar no Palácio do Buriti, na manhã desta quinta-feira (16/3), o chefe do Executivo foi recebido por servidores e apoiadores.