GOVERNADOR

"O que aconteceu no 8 de janeiro foi algo imprevisível", declarou Ibaneis

O governador defendeu Anderson Torres e classificou como "apagão" o que aconteceu com as forças de segurança no dia dos atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes

Mila Ferreira
postado em 16/03/2023 12:32 / atualizado em 16/03/2023 12:33
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O governador Ibaneis Rocha retornou nesta quinta-feira (16/3) ao comando do Distrito Federal. Em coletiva à imprensa no Palácio do Buriti, o governador afirmou estar com o “coração limpo”, reforçou a confiança no Poder Judiciário e anunciou a construção de hospitais no Recanto das Emas, Guará e São Sebastião. “Segura que vou trabalhar muito”, frisou.

Ibaneis classificou os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro como um “apagão” e como “imprevisível”. “O que aconteceu dia 8 foi uma coisa imprevisível. Os ônibus começaram a chegar dias 6 e 7. Na minha visão, não foi culpa do Anderson (Torres). Tivemos a posse de Lula que transcorreu com tranquilidade. Acredito que o 8 de janeiro tem que ser lembrado. Tivemos falha da PMDF, do batalhão do exército, foram diversas falhas em conjunto”, disse ele.

Na ocasião, o governador também defendeu o Fundo Constitucional do DF, verba destinada à segurança, saúde e educação. “Quem conhece o DF e sabe da realidade, sabe que não temos condições de sobreviver sem o fundo constitucional. O DF dependente desse fundo. Sempre digo que esse fundo é um aluguel que a república paga pra abrigar a capital aqui no DF. Temos aqui todas as embaixadas, o congresso, os deputados e senadores, Palácio do Planalto, etc. Temos toda uma estrutura. O fundo é mais do que necessário. Vou debater com os atores políticos para que a gente mantenha as forças de segurança e o fundo constitucional”, afirmou Ibaneis.

O governador ressaltou ainda a confiança no secretário Sandro Avelar e disse que a segurança pública do Distrito Federal está nas mãos do chefe da pasta. Ao ser perguntado sobre a minuta golpista encontrada na residência de Anderson Torres, Ibaneis disse que quem deve responder é o ex-secretário. “Não consigo explicar isso, quem tem que explicar é ele. Acho que isso compete à investigação e a ele: é um documento grave que revela que alguém pensou em dar um golpe no Brasil. Eu acredito nas urnas. Não acredito em nada fora da democracia. Aquele documento revela que existia a intenção de dar um golpe no Brasil. Isso compete ao Anderson responder”, finalizou.

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