Investigação

Perícia confirma que restos mortais de Lázaro não foram levados do túmulo

O delegado Cléber Martins confirmou, no entanto, que, de fato, houve violação na sepultura. As investigações seguem no sentido de identificar o responsável pelo crime

Darcianne Diogo
postado em 15/03/2023 19:59
 (crédito: Montagem - Divulgação PCDF e PCGO)
(crédito: Montagem - Divulgação PCDF e PCGO)

A perícia da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) constatou que o responsável por violar o túmulo do serial killer Lázaro Barbosa não levou nenhuma parte dos restos mortais. A informação foi confirmada ao Correio pelo delegado à frente da investigação, Cléber Martins, titular da Delegacia de Águas Lindas. 

O túmulo foi violado, na noite de terça-feira (14/3), no Cemitério de Cocalzinho de Goiás, onde Lázaro foi sepultado em junho de 2021. Inicialmente, levantou-se a suspeita de a cabeça do serial killer ter sido levada da sepultura, mas a hipótese foi descartada após análise dos peritos criminais da PCGO e do médico-legista.

O delegado Cléber Martins confirmou, no entanto, que, de fato, houve violação na sepultura. As investigações seguem no sentido de identificar o responsável pelo crime.

Relembre o caso

Lázaro Barbosa é o autor do assassinato de quatro pessoas da família Vidal em Ceilândia Norte, no dia 9 de junho de 2021. Desde então, ficou foragido e se escondeu nos distritos de Edilândia e de Girassol, que pertencem a Cocalzinho. Nesse período, invadiu chácaras, fez pessoas reféns e trocou tiros com a polícia.

Na madrugada de 9 de junho, os empresários Cláudio Vidal de Oliveira, 48, Cleonice Marques, 43, e os filhos do casal, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, foram surpreendidos em casa por Lázaro Barbosa. Com arma de fogo e uma faca, ele rendeu a família, matou o pai, os dois filhos e sequestrou Cleonice, que depois foi morta. Pela falta de elementos, até hoje a polícia não sabe dizer se o criminoso agiu ou não sozinho — o inquérito segue aberto na na 24ª Delegacia de Polícia (Setor O).

Ao longo das investigações, surgiram suposições do que poderia ter motivado o assassinato da família Vidal. Entre elas, o fato de Lázaro Barbosa ter sido contratado como matador de aluguel por fazendeiros ou de pertencer a uma organização criminosa especializada em grilagem de terras. Essas hipóteses, no entanto, não são as principais linhas de investigação da polícia.

Antes de cometer os homicídios, Lázaro violou sexualmente outra mulher. A vítima de 39 anos, estava em casa, no Sol Nascente, com o marido e o filho quando, por volta das 2h, o criminoso invadiu o local. Ele rendeu e prendeu os homens em um quarto e roubou os celulares de todos. Depois, levou a mulher a uma área de mata fechada, onde a estuprou.

Sem se intimidar com a mobilização dos policiais, Lázaro invadiu outra chácara um dia depois do assassinato da família Vidal. A proprietária e o caseiro ficaram reféns do criminoso por cerca de cinco horas. Em fuga para o município de Cocalzinho de Goiás, Lázaro cometeu uma série de crimes sem interrupção: baleou pessoas, inclusive um policial, roubou carro, ateou fogo em casa, trocou tiros com caseiro e etc.

Após 20 dias de buscas, no dia 28 de junho de 2021, Lázaro foi assassinado após trocar tiros com policiais militares de Goiás, na cidade de Águas Lindas de Goiás.

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