Pronasci

DF receberá oito viaturas para as Patrulhas Maria da Penha

Governadora interina, Celina Leão, acredita que esse recebimento ajudará no entendimento das mulheres que precisarem denunciar a violência

Tainá Andrade
postado em 15/03/2023 15:29 / atualizado em 15/03/2023 15:29
 (crédito: Ricardo Stuckert/Presidência da República)
(crédito: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

O Distrito Federal receberá, inicialmente, oito viaturas das 270 anunciadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino. Elas servirão para o trabalho da Patrulha Maria da Penha, que atende 17 regiões administrativas da capital federal. A informação foi confirmada pela governadora interina do DF, Celina Leão (PP), nesta quarta-feira (15/3), após cerimônia de evento de lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

A governadora explica que os carros serão divididos para atuar em duas demandas referentes ao combate da violência contra a mulher. “Nós temos dois tipos de veículos que estão sendo entregues. A Patrulha Maria da Penha é um veículo militarizado, mas caracterizado como uma patrulha específica dentro das polícias militares estaduais e um outro veículo específico que é para atender a demanda de acolhimento das mulheres”, detalhou.

Para ela, o recebimento das viaturas significa interromper uma inversão no entendimento das mulheres que sofreram violência, consolidando a compreensão de que são vítimas.

“A entrega dessas viaturas, que são descaracterizadas como viaturas de polícia, é realmente uma viatura padronizada para que a mulher não se sinta como uma ré dentro do carro. Quando ela entra, hoje, dentro do carro da polícia, ela se sente como a autora do crime e não como vítima. Então, essa descaracterização da viatura própria para acolher as mulheres faz parte também da política pública que a gente acredita que é dar assistência para uma mulher no momento em que ela mais precisa”, defendeu.

No DF, a Patrulha Maria da Penha ocorre desde 2014. Seu trabalho não foca somente nas demandas diretamente vinculadas às medidas protetivas, como em outros estados, mas atende também às mulheres de toda a família que esteja inserida em um contexto de violência doméstica e familiar.

De acordo com dados levantados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2021, foram atendidas 749 situações. No ano passado foram 618 casos acompanhados.

“Reforçar também a Patrulha Maria da Penha, isso é muito importante para que a gente tenha mais viaturas no atendimento imediato, emergencial do botão do pânico ou dos aplicativos que nós temos disponibilizados no DF”, ressaltou Celina.

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