Tentativa de homicídio

Irmãs torturaram jovem que disse que a mãe delas morreria careca e com câncer

Antes de ser torturada, a jovem usou as redes sociais para ameaçar as autoras. Ela divulgou textos e áudios gravados por integrantes de facção como forma de intimidação

Darcianne Diogo
postado em 11/03/2023 22:05
 (crédito: Redes sociais)
(crédito: Redes sociais)

A Justiça decretou a prisão preventiva das duas irmãs acusadas de torturar e esfaquear uma jovem em Alexânia (GO). O caso foi divulgado em primeira mão pelo Correio. Sarah Aparecida Alves e Clara Laiz Alves estão detidas no Presídio de Luziânia e vão responder por tentativa de homicídio.

Sarah e Clara foram presas na manhã de quinta-feira (9/3) pelas polícias Militar e Civil depois de esfaquearem e cortarem o cabelo de uma jovem, de 25 anos, com uma faca. O crime ocorreu no distrito de Olhos D’água, a 15km de distância do centro de Alexânia. As agressões foram filmadas pelas suspeitas e divulgadas em uma rede social. Um dos vídeos mostra uma das irmãs segurando os cabelos arrancados da vítima. “Aqui a peruca”, diz ela na gravação.

Ao Correio, a delegada Silzane Bicalho afirmou que a vítima e as autoras eram amigas, mas que iniciaram uma briga. De acordo com a investigadora, na delegacia, as jovens alegaram que cometeram o crime depois da vítima dizer que a mãe delas, que sofre de câncer, morreria careca. “Além delas cortarem o cabelo, esfaquearam a vítima na mão e a mãe da vítima interveio", afirmou a delegada.

Sob condição de anonimato, a mãe das acusadas conversou com a reportagem e saiu em defesa das filhas. “Eu sei que elas erraram em agredir, mas tudo isso começou por conta dela (da vítima). Ela entrou em ‘BO’ com minhas filhas e começou a postar várias ameaças nas redes sociais, dizendo que tinha botado uma tropa para ir atrás delas. E minhas filhas não levam desaforo para a casa”, alegou.

Vídeos


O sargento W Silva, da Polícia Militar do Estado de Goiás, e responsável pelas prisões das irmãs, contou à reportagem que a desavença entre a vítima e as irmãs começou no Carnaval.

Antes de ser torturada, a jovem usou as redes sociais para ameaçar as autoras. Ela divulgou textos e áudios gravados por integrantes de facção como forma de intimidação. “Vagabunda, de qual foi? Quer levar uns pipocos na testa?”, postou a vítima em um stories do Instagram. “Quero ver se ela bate de frente essa comédia dos infernos. Não sabe nem o que é guerra, não sabe o que é nada.”

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para contato. Clique aqui e mande o e-mail.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE