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Mutirão de reconstrução de mama devolve autoestima para mulheres do DF

A cada 10 mulheres que passam por retirada do seio, apenas quatro conseguem cirurgia

Isac Mascarenhas*
postado em 11/03/2023 06:00
 (crédito: Divulgação/Hospital Universitário de Brasília)
(crédito: Divulgação/Hospital Universitário de Brasília)

Vencer a batalha contra o câncer de mama é o primeiro passo de uma longa jornada em busca da retomada de uma vida plena para centenas de mulheres. A qualidade de vida, resgate da autoestima, solidariedade com elas são os principais motivos para o mutirão de reconstrução mamária de 21 mulheres que venceram essa luta no Distrito Federal. A ação realizada, ontem, no Hospital Universitário de Brasília (HUB) fez 16 cirurgias e 5 micropigmentação de aréolas.

Ao todo, 70 profissionais se voluntariaram para formar a equipe do Recmama (Mutirão Simpósio de Reconstrução Mamária). Promovida há mais de 10 anos na Paraíba, sempre no mês da mulher, é a primeira que os procedimentos são realizados no DF.

O mutirão tem o objetivo de reduzir a fila de espera pela cirurgia. De acordo com a Secretaria de de Saúde (SES-DF), atualmente, 280 pacientes aguardam por uma vaga para reconstruir a mama.

De acordo com o médico João Nunes, voluntário do Recmama, a demanda pelo procedimento é muito maior do que a quantidade de vagas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que causa demora. "De forma global, no Brasil, de cada 10 mulheres operadas para câncer de mama, apenas quatro têm acesso à equipe especializada em reconstrução de mama."

"Considero que essa é uma cirurgia que não toca só o corpo da pacientes, toca a alma também. Existe toda uma adaptação positiva em relação à autoestima. [Elas] sentem-se resgatadas na sua autoimagem", afirma Nunes.

O procedimento

A reconstrução mamária é um procedimento cirúrgico complexo, chegando em média a cinco horas de operação. Umas das formas de recomposição da mama é usando enxerto vindo de outras partes do corpo ou com próteses de silicone. Em alguns casos, a reconstituição pode ser feita logo após a mastectomia, evitando dois processos cirúrgicos. Desde 2013 incluído no SUS, o procedimento não é recomendado para pacientes que estão realizando quimioterapia ou radioterapia.

Outro tipo é a reconstrução da aréola e mamilo. Depois de colocado implante, um pequeno amontoado de tecido é feito e então, uma coloração é tatuada.

*Estagiário sob a supervisão de Suzano Almeida

 

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