O SesiLab comemora o grande número de alunos da rede pública que procuraram o local interessados na interatividade que o espaço proporciona. Neste mês de março, o espaço passou a oferecer visitas educativas para escolas, organizações não governamentais, empresas e outros grupos que queiram potencializar o conhecimento a partir de experiências com a ciência, a tecnologia e a arte.
A professora de química do Centro de Ensino Médio (CEM) do Paranoá Sauma Budy levou duas turmas de alunos ao SesiLab na última quinta-feira (9/3) e lembra que ficou interessada nas atividades do local por meio de uma reportagem. "Eu achei muito interessante porque os alunos precisam muito de laboratório. Então eu descobri que aqui era um caminho pra trabalhar várias ciências da natureza", justifica.
O resultado da visita surtiu efeito. O estudante do 3º ano, Matheus Gabriel, de 18 anos, disse que acha necessária a união entre escola e espaços culturais que tragam vivências como as que o SesiLab trazem. "Está sendo bem interessante essa experiência", enfatiza.
"Nosso programa educativo está estruturado, considerando também a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Então os professores têm a oportunidade de vir aqui e trabalhar os currículos, os conteúdos associados ao currículo de cada uma das séries", explica a gerente-executiva do SesiLab, Cláudia Ramalho.
Além dos aparatos de livre interação, o local conta com mediadores culturais e educadores que participam de programas de formação continuada. A coordenadora Luciana Martins diz que foi contratada para ajudar a pensar e adaptar o projeto. "Essa adaptação foi pensando nas nossas redes escolares, pensando nas conexões que são possíveis fazer com outras instituições educativas", explica a historiadora, museóloga e doutora em educação.
"É possível potencializar o conhecimento e ampliar as visões de mundo quando saímos do ambiente comum de aprendizado e damos espaço ao lúdico e ao estímulo à mão na massa. No Sesilab é possível entrar em contato com diversas temas curriculares a partir da interatividade", ressalta o diretor de Operações do Sesi, Paulo Mól.
As visitas ao espaço, com duração média de 1h30, são organizadas com agendamento prévio e conduzidas pela equipe educativa do espaço. Os temas de cada visita serão selecionados conforme o perfil do grupo e com abordagem direcionada para os interesses de cada público. As experiências promovidas pelo SesiLab têm o intuito de fomentar a investigação de fenômenos baseados na ciência de forma lúdica, divertida e didática.
Instalado em uma área de aproximadamente 7.500 metros quadrados, na área central de Brasília, o SesiLab foi inaugurado há pouco mais de três meses. O edifício foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, teve diversas funções, e ficou abandonado por muito tempo. Em 2019, foi restaurado pela Federação da Indústria do Distrito Federal (Fibra).
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Machado
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