PODCAST DO CORREIO

Ex-vice-presidente da OAB defende a "união para lutar pelos nossos direitos"

Em entrevista ao Podcast do Correio, a advogada e ex-vice-presidente da OAB-DF Daniela Teixeira falou sobre a importância da participação feminina em espaços de poder. Ela também defende que todos devem ter uma consciência maior sobre maternidade

Ellen Travassos
postado em 09/03/2023 18:16 / atualizado em 09/03/2023 18:16
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Em entrevista ao Podcast do Correio, nesta quinta-feira (9/2), a advogada e ex-vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) Daniela Teixeira afirmou que as mulheres precisam ter representatividade em todas as lutas. "Temos que nos juntar para lutar pelos nossos direitos", afirma Daniela, que foi uma das pioneiras na entidade e conseguiu formar a primeira chapa com uma metade feminina.

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Para a advogada, a participação feminina é importante no sentido de que as mulheres precisam de apoio umas das outras em pautas relacionadas à maternidade e à violência de gênero, por exemplo. "A maior parte das decisões é dos homens. Eles preferem escolher outros homens e aí está o ponto em que precisamos mudar", ressalta Daniela. "Numa relação de força e poder, quem tem menos [poder] precisa da lei, pra ficar todo mundo igual", completa.

Às jornalistas Mariana Niederauer e Ana Maria Campos, Daniela defendeu que as pessoas precisam normalizar a presença das crianças em diversos locais, como, por exemplo, quando uma mãe precisa levar a criança ao trabalho por conta de um imprevisto. "Falta, a todos nós, uma consciência da maternidade", comenta a advogada. 

A convidada do Podcast, comentou sobre a lei que ela propôs, e foi regulamentada no governo Temer, sobre as prioridades para advogadas gestantes, na qual elas têm os direitos de pedir adiamento dos processos e ter vaga preferencial em tribunais, por exemplo. "Uma advogada gestante passa, em média seis vezes no raio-x, durante a rotina do dia a dia. Isso faz mal para o desenvolvimento do bebê. Com essa lei, as mulheres não precisam passar tantas vezes, arriscando a vida dos filhos", explica. 

Ao ser questionada sobre como aumentar a representatividade nas cadeiras da advocacia e magistratura, Daniela diz que é preciso pressionar para que uma mulher tenha uma posição de poder. "Precisamos ter um olhar feminino para causas femininas, porque só assim teremos direitos que nos beneficiam", ressalta. 

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