Aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, a ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF Marília Ferreira Alencar, sinalizou aos deputados distritais que não estava presente na reunião do Protocolo de Ações Integradas (PAI) realizada na sexta-feira, 6 de janeiro.
Ela detalhou que, apesar de não estar presente na reunião do PAI, reuniu-se com coordenadores da Inteligência da SSP. “Conversei com a coronel Cintia (subsecretária de Operações Integradas da SSP-DF) na quinta, passando as informações para ela, mas a reunião, não participei”, disse. “Me reuni com os coordenadores, que são de inteligência, contrainteligência e de assuntos institucionais. Não troquei ninguém e permaneceu toda a equipe anterior”, completou.
O PAI é um planejamento para combinar as ações que deverão ser feitas com todos os envolvidos na segurança. Entre eles, estavam integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), Senado Federal, Câmara dos Deputados, Ministério das Relações Exteriores, Polícia Rodoviária Federal, PMDF, CBMDF, Polícia Civil do DF, Detran-DF, DF-Legal, Administração Regional do Plano Piloto, SLU, DER e a SSP-DF, com a Subsecretaria de Operações Integradas.
O documento foi aprovado e assinado pelo ex-secretário Anderson Torres na tarde de 6 de janeiro. Poucas horas depois, o ex-chefe da SSP viajou para os Estados Unidos.
Sem falhas
Segunda depoente na CPI, Marília Alencar detalhou que, apesar da inteligência não ter participado da elaboração do PAI, tudo que chegou de informação sobre a manifestação de 8 de janeiro foi repassado para as áreas operacionais.
“Não acho que a Inteligência fracassou. Todas as informações circularam. Tudo que tinha foi recebido e repassado”, disse. “Na inteligência, eu posso afirmar que as informações fluíram. Tudo que chegou (na subsecretaria) foi analisado, informado e repassado”, completou.
Ela foi ouvida no plenário da CLDF, na manhã desta quinta-feira (9/2). Marília é ex-subsecretária de Inteligência da SSP e delegada da Polícia Federal.
Datas definidas
O calendário da CPI para março está fechado. Após a oitiva de Fernando de Sousa Oliveira e Marília, os integrantes da comissão pretendem ouvir Anderson Torres na próxima quinta-feira (16/3), em sala exclusiva na CLDF. A decisão de ir ou não depor é do próprio ex-secretário.
O ex-secretário da SSP-DF delegado Júlio Danilo deve ser ouvido pelos distritais no dia 23, assim como o tenente-coronel da PMDF Jorge Henrique da Silva Pinto. Em 30 de março, será a vez do ex-comandante e coronel Fábio Augusto Vieira.
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