O Distrito Federal tem a quinta maior incidência de diálise do país, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, com mais de 2 mil pessoas que se submetem anualmente a esse procedimento. No calendário de saúde, março é lembrado como o "Mês do Rim".
O nefrologista Fábio Ferraz, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), aponta que "cerca de 150 mil pacientes fazem hemodiálise, consumindo cerca de 10% do orçamento do Ministério da Saúde". Ele também alerta que esse quadro sinaliza uma epidemia no Brasil. "A chave é a prevenção", completa.
De acordo com o nefrologista, se forem controlados hipertensão e diabetes, além da redução do uso abusivo de anti-inflamatórios, o número de pacientes renais tende a diminuir. “Oito em cada dez casos de doenças renais no DF e no país poderiam ser evitados com esses cuidados”, diz.
Em 2022, a Secretaria de Saúde (Ses) efetuou cerca de 50 mil consultas nefrológicas e mais de 21 mil sessões de hemodiálise. Para evitar que essa lista aumente, a médica Lizandra Barbosa Carvalho, referência técnica distrital em nefrologia, lembra que os pacientes com diabetes e hipertensão devem fazer acompanhamento nas unidades básicas de saúde (UBSs), responsáveis pelo atendimento e tratamento do quadro clínico renal.
Sintomas como náusea, vômito, baixo apetite, períodos de confusão mental e cãibras podem ser relacionados ao desequilíbrio da ureia. Além desses, a médica reforça que as pessoas devem prestar atenção à presença de espuma na urina. “Isso acontece porque o órgão, que atua como um filtro, está deixando passar proteína”, esclarece.
*Com informações da Agência Brasília
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