Combater o ciclo da violência doméstica com a penalização criminal ainda não é suficiente para sanar ou diminuir o problema, avalia Rejane Jungbluth Suxberger, juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e especialista em gênero durante o seminário Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos, promovido pelo Correio Braziliense nesta terça-feira (7/3).
Segundo a magistrada, a educação é um dos passos mais importantes na conscientização e no combate aos crimes de violência contra a mulher e ao feminicídio. "A educação é a principal política pública primária e direcionada a toda sociedade, que visa quebrar essa representação social e estereótipo", frisou. Além desses mecanismos, a juíza alerta sobre a importância do chamado trabalho em rede, que reúne ações do Judiciário, Legislativo e Executivo. "A violência não se resolve só com criminalização. Precisa compromisso dos setores, não só do sistema de Justiça. Isso é necessário para garantir que essa vítima possa ser acompanhada. O DF tem sistemas de acompanhamento de mulheres, mas é necessário que haja efetividade. Como está acontecendo? Esses homens estão sendo atendidos?", indagou.
Ainda durante o debate, a magistrada falou sobre a invisibilidade do crime contra mulheres e a falta de participação da sociedade no combate a esse ciclo de violência. "É necessário sair desse debate. A sociedade tem um preconceito ainda, como se a vítima de violência tivesse um estereótipo. O que foi possível verificar nas salas de audiência de violência doméstica é que a violência não tem cara, cor e nem classe", pontuou.
Correio Debate
O jornal Correio Braziliense promove, nesta terça-feira (7/3), o seminário "Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos". Autoridades e especialistas vão debater formas de enfrentamento à violência contra a mulher, especialmente esse tipo de crime. Com isso, o Correio busca dar sua contribuição para que homens e mulheres tenham os mesmos direitos na prática e não apenas no papel.
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