No primeiro painel do seminário “Combate ao feminicídio: responsabilidade de todos”, promovido pelo Correio, a primeira mulher eleita do Sebrae-DF, Rose Rainha, pontuou que a entidade tem uma frente de educação empreendedora para fortalecimento da mulher.
“São números que nos assustam. São crimes que nos deixam perplexos (…) Refletindo como que a gente podia trazer uma contribuição do que o Sebrae tem feito para esse fortalecimento (financeiro) para colocar esse basta ao feminicídio, temos, hoje, uma forte atuação na educação empreendedora”, citou.
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Para Rainha, os pilares são competência e atitude. A superintendente disse que o Sebrae trabalha de maneira transversal com os professores da entidade. “Temos quase 15 mil professores formados com educação empreendedora e que aplicam isso com seus alunos. Acreditamos que, dessa forma, estamos trazendo uma contribuição”, ressaltou.
“Na pandemia, tivemos casos de alunos que ensinaram a família a abrir seu próprio negócio (…) Essas mulheres (alunas) estarão mais preparadas e não serão dependentes financeiramente (do agressor). Sabemos que hoje é um dos grandes motivos (para o agressor permanecer o ciclo de violência). Ele manipula essa mulher e faz com que ela obedeça os comandos”, completou.
Correio Debate
O jornal Correio Braziliense promove, nesta terça-feira (7/3), o seminário "Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos". Autoridades e especialistas debatem formas de enfrentamento à violência contra a mulher. Com isso, o Correio busca dar sua contribuição para que homens e mulheres tenham os mesmos direitos na prática e não apenas no papel.
Os oito feminicídios ocorridos este ano mostram a escalada da violência — representam 42% do total de 19 ocorrências da mesma natureza registradas em todo o ano de 2022. Em todos os casos, as mulheres vítimas dos atuais ou dos ex-companheiros.
Em 2020 e 2021, foram mais de 41 casos. O cruzamento das estatísticas oficiais com levantamento de reportagens sobre os casos mais recentes no DF aponta que, em média, os feminicídios deixam 41 órfãos por ano na capital do país.
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