Em abertura do evento Correio Debate — Combate ao Feminicídio: uma responsabilidade de todos, nesta terça-feira (7/3), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, alertou para o fato de mesmo com uma lei que pune a morte de mulheres pelo gênero, esses casos seguem em crescimento ano a ano.
- "Temos, atualmente, 297 órfãos do feminicídio", diz Celina Leão
- Juíza afirma que ação integrada é caminho para combater o feminicídio
“Se pararmos para olhar na lei (do Feminicídio, de número 13.104/2015) que o próprio Guilherme (Machado) acabou de citar aqui a pouco, ela é de 2015, a cada ano que passa o número de feminicídio aumenta, mesmo tendo uma lei”, observou.
Para a ministra esse é um “mal do século”, que deve ser debatido junto com propostas de melhoria no acolhimento para as mulheres denunciarem. “O feminicídio é o ápice. A gente sempre costuma dizer que é o final. Para chegar a esse ponto a gente já deve ter passado por várias outras situações bem complicadas que, infelizmente, às vezes, são negadas”, explicou.
Anielle chama atenção para o femiNIcídio político, o qual sua irmã, Mariele Franco, foi vítima e permeia todo o setor. Em pesquisa realizada pelo Instituto Marielle Franco, diversas parlamentares perceberam que passaram por alguma situação de violência.
“Quando a gente se depara com a palavra feminicídio me atravessa de diversas formas, primeiramente de uma forma muito mais trágica, quando falamos de feminicídio político. Após o crime com minha irmã, lançamos duas pesquisas — uma em 2020, outra em 2021 — para o combate à violência política de gênero e raça que, inclusive, depois vira dados sobre e para campanha do TSE. É algo que pensávamos em fazer com mulheres que estavam candidatas e logo depois fizemos escutas com deputadas. A própria Benedita da Silva falou: sempre passou por violência política, mas nunca nomeei”, relatou Anielle.
Assista:
Notícias no seu celular
O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:
Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Saiba Mais
- Cidades DF Taxa de desemprego entre as mulheres cai e chega a 16,9% no DF
- Cidades DF Justiça rejeita liberdade a professor suspeito de sequestrar empreiteiro
- Cidades DF Juíza afirma que ação integrada é caminho para combater o feminicídio
- Cidades DF "Temos, atualmente, 297 órfãos do feminicídio", diz Celina Leão
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.