A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou o requerimento para quebrar o sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático do coronel e ex-comandante do Departamento Operacional (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime.
O oficial foi apontado pelo ex-secretário-executivo Fernando de Sousa Oliveira, de ser responsável pela segurança da Esplanada dos atos de 8 de janeiro. Naime não estava trabalhando no dia porque havia pedido folga. Ele também é alvo de uma investigação na Corregedoria da Polícia Militar.
O coronel foi preso na quinta fase da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, no início de fevereiro. Naime será ouvido ainda nesse mês pela comissão. Os distritais aprovaram, também, um requerimento de depoimento do tenente-coronel Paulo José, que ocupava a função de Naime.
“Não cumpriu o planejamento”
O ex-secretário-executivo da Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Fernando de Sousa Oliveira, disse, em depoimento à CPI da Câmara Legislativa do DF, que a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) não cumpriu com o planejamento.
“Os senhores, por meio da investigação e juntamente da investigação que corre na PF, MP e STF, vão ter que esclarecer onde estavam essas tropas (no dia 8 de janeiro)", disse. Cadê esse efetivo? Os senhores vão ter que questionar o Departamento de Operações (DOP) onde estava (a PM). Não foi cumprido (o planejamento). As ações acordadas na reunião de sexta-feira (6/1) não foram cumpridas. Isso eu posso afirmar”, garantiu Oliveira, aos deputados da CPI.
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