Um dia após a invasão aos prédios da Praça dos Três Poderes, o ex-secretário Anderson Torres conversou com o então secretário-executivo Fernando de Sousa Oliveira. Na conversa, Torres perguntou sobre o porque de os oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) não terem cumprido o plano de segurança.
“Foi uma conversa rápida (…) eram umas 23h. Eu tinha trabalhado o dia inteiro na desocupação do QG (do Exército), porque estava à disposição do interventor Ricardo Cappelli. Ele (Torres) fez uma ligação questionando e perguntando qual erro por parte da PM (que) não tinha executado o plano, acordado na sexta-feira (6/1). Eu disse que não tenho acesso (ao plano). A PMDF não me apresentou (esse plano)”, disse.
O plano mencionado pelo ex-secretário é o Plano de Ações Integradas (PAI), referente ao dia 8 de janeiro. Ele foi aprovado por Torres durante uma reunião com as forças de segurança antes dele viajar, na noite de sexta-feira (6/1).
“Existia um erro de execução da operação, por parte da Polícia Militar. Isso é visível e as imagens falam por si só. O Departamento de Operações é a unidade que deveria fazer planejamento. Ele era responsável por executar, planejar e determinar o quantitativo (das forças)”, disse. Quem chefiava esse comando na PMDF era o coronel Eduardo Naime. Ele será ouvido ainda em março pela CPI.
O ex-braço direito de Torres depõe, na manhã dessa quinta, na CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa. Logo após, a oitiva será da ex-subsecretária de Inteligência e também delegada da PF Marília Ferreira Alencar.
CPI
Após a oitiva de todos os depoentes, nessa primeira fase, existe a expectativa de serem lidos outros itens para discussão e votação sobre a convocação de mais envolvidos. Entre eles, estão os envolvidos na tentativa de atentado de bomba na véspera de Natal, no Aeroporto de Brasília; e do interventor federal da segurança pública Ricardo Cappelli.
A comissão de inquérito é formada por Chico Vigilante (PT) — presidente; Jaqueline Silva — vice-presidente: Hermeto — relator; Pastor Daniel de Castro (PP), Robério Negreiros (PSD), Joaquim Roriz Neto (PL) e Fábio Felix (PSol).
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