Após dois anos sem a folia, o Bloco das Montadas traz o carnaval da diversidade e da resistência. Mesmo debaixo de muita chuva, na tarde deste domingo (19/2), os organizadores estimaram um público de 60 mil pessoas até às 18h, e a expectativa é que o bloco acolha 100 mil foliões.
O palco contava com muita animação, cor e brilho que embalaram os foliões LGBTQIA+, idosos e universitários. A dragqueen Bopety é professora de dança, tem 35 anos, e faz questão de ressaltar a importância do respeito. “Para mim o carnaval significa purpurina e diversidade. Depois do que passamos nesses anos de pandemia, a gente está aqui para celebrar a vida.”
Para ela, um bloco onde as pessoas se sentem livres, para serem quem elas são, sem medo, é uma conquista. “Eu só saio em carnaval para vir aqui no Bloco das Montadas, porque me sinto acolhida.”
Assim como a diversidade, o bloco foi marcado por protesto político. Como a fantasia de Isadora e amiga, que fizeram uma crítica aos atos antidemocráticos. “Eu estou vestida como um patriota e a minha amiga como uma policial que me prendeu após os atos.”, ressalta.
O Bloco das Montadas está localizado no Setor Bancário Norte, e tem programação até às 22h.