No dia que antecederam os ataques realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às sedes dos Três Poderes, o então governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) avisou ao presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) que a manifestação ocorreria sem maiores problemas e que o efetivo policial seria usado integralmente.
Após a invasão, ocorrida no dia 8 de janeiro, Ibaneis foi afastado temporariamente do governo. As mensagens foram obtidas pela Polícia Federal (PF) do celular do político.
De acordo com a PF, o presidente do Senado demonstrou preocupação com as possíveis ameaças e ânimos dos terroristas que participaram do ataque em Brasília.
Ao que Ibaneis teria respondido, que "não teremos problemas" e que todos os policiais estariam nas ruas para evitar quaisquer problemas.
Contudo, segundo informações de militares que estiveram no local, afirmaram que a PM estava com "baixo efetivo".
O aparelho periciado pelos agentes foi devolvido nesta quinta-feira, após autorização de do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Operação Lesa Pátria
Na última terça-feira (7/2), a Polícia Federal deflagrou a quinta fase da Operação Lesa Pátria que busca identificar participantes e financiadores dos atos terroristas.
Entre os presos nas fases anteriores da operação estão Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, conhecida pelo apelido de Dona Fátima de Tubarão. Nos atos, ela ganhou fama após um vídeo dela afirmando ter defecado no Supremo Tribunal Federal ter viralizado. Outro detido foi Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro, que também participou da manifestação.