A governadora em exercício Celina Leão (PP) reuniu-se com parte do secretariado de governo no Palácio do Buriti, na noite desta quinta-feira (9/2). O encontro ficou marcado por um dado assustador: de 2015 a novembro de 2022, 280 crianças ficaram órfãs após crimes de feminicídio na capital federal.
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A informação foi repassada pela secretária da mulher Giselle Ferreira, no Salão Nobre do Palácio do Buriti. A reunião discutiu sobra a força-tarefa de combate ao feminicídio, assinado pela governadora em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de terça-feira (7/2).
“É muito triste chegarmos na quinta semana de 2023 com cinco mulheres que sofreram feminicídio. Basicamente uma por semana. Muito foi feito. Nós só vamos comemorar quando for zero, nenhuma a menos”, disse a secretária.
A titular da pasta afirmou que na próxima quarta-feira (15/2), os técnicos indicados por cada pasta dentro da força-tarefa irão se reunir para mais uma reunião. Durante o carnaval, também haverá uma campanha, como “respeito ao próximo” e “respeito à diversidade”. “São várias ações para você enfrentar (os casos de feminicídio). De 2015 a novembro de 2022, temos 280 órfãos. Qual é a política pública que vamos fazer para esses órfãos? É a política do cuidado. Nós temos que pensar e fechar esse ciclo de violências”, disse.
Um documento será enviado à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para que seja instituído o Plano Distrital de Enfrentamento ao Feminicídio. O projeto não deve encontrar resistência na Casa, já que existe um consenso sobre a importância da medida.
Força-tarefa
A força-tarefa criada para combater casos de feminicídio no Distrito Federal foi oficializada, nesta terça-feira (7/2), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), com base no decreto nº 44.206 deste ano. A ação coordenada pela Secretaria da Mulher do DF vai propor políticas públicas voltadas à prevenção do crime, à proteção, ao acolhimento e à eliminação de todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres.
Composta por nove secretarias do DF, o grupo vai atuar com medidas e campanhas de combate à violência contra a mulher. A força-tarefa terá prazo de 45 dias para apresentação de relatório final, com as medidas a serem implementadas.
A intenção do GDF é fazer com que a população entenda que a violência doméstica é um problema de toda a sociedade. Outra intenção do poder Executivo local é que todos os órgãos trabalhem de forma conjunta e transversal no combate aos crimes contra as mulheres, no enfrentamento à violência e na promoção da mulher, principalmente em relação à autonomia econômica.
Uma equipe técnica será formada por servidores das secretarias da Mulher, Justiça e Cidadania, Saúde e Educação; secretários de Comunicação; Segurança Pública e Desenvolvimento Social; Defensor Público-Geral do Distrito Federal e presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB).
Além dessas secretarias, também foram convidados a participar o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT); Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), por intermédio da Procuradora Especial da Mulher, e a Ordem dos Advogados do Brasil, por intermédio da Comissão da Mulher.
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