A pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), dois dos cinco presos de envolvimento na maior chacina do DF passarão por um exame grafotécnico, na tarde desta quinta-feira (9/2), para saber se um deles foi o responsável por escrever o bilhete encontrado no cativeiro onde as vítimas foram mantidas em cárcere privado. O manuscrito deixava claro que Thiago Belchior, 30 anos, marido da cabeleireira Elizamar da Silva, 37, havia sido atraído para uma emboscada.
O Correio apurou que o exame será feito no Instituto de Criminalística (IC), na sede da Polícia Civil (PCDF). Passarão pelo teste o mentor da chacina, Gideon Batista de Menezes, 55, e o comparsa, Horácio Carlos, 49. Os dois estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda e foram levados ao IC pelos investigadores da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
O resultado da perícia poderá dizer quem foi o responsável por escrever o bilhete. O manuscrito continha a seguinte mensagem: "Chefe, como está seu dia? Vou precisar de ajuda urgente. Thiago, tem como você vir na chácara, vou explicar o que está acontecendo. Se puder vir hoje com a Eliza e os meninos.". Segundo as investigações, a expressão "chefe" era de costume do pai de Thiago, Marcos Antônio, 54, — também assassinado e enterrado no quintal do cativeiro, no Vale do Sol.
Denúncia
O MPDF denunciou Gideon; Horácio; Fabrício Canhedo, 34; Carlomam dos Santos, 26; e Carlos Henrique Alves da Silva, 27. Eles são os responsáveis pelas mortes de Thiago; Elizamar; Marcos; as três crianças — Gabriel, 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, 6 —; Renata Juliene Belchior, 52; Gabriela Belchior, 25; Cláudia Regina, 55; e a jovem Ana Beatriz, 19.
Todos respondem por quase 100 crimes, segundo o MPDFT. Entre eles, extorsão, homicídio, ocultação de cadáver, fraude processual e sequestro. Os cinco acusados de participar da maior chacina do DF podem pegar até 385 anos de prisão por todos os crimes cometidos.
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