Agentes, delegados, escrivães, peritos papiloscopistas e criminais e médicos-legistas da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foram homenageados, na noite desta terça-feira (8/2), pelo trabalho desempenhado nas investigações e na elucidação da maior chacina da capital, que vitimou 10 pessoas da mesma família. O evento ocorreu durante uma sessão solene na Câmara Legislativa (CLDF).
Mais de 150 pessoas compareceram à solenidade, de iniciativa do deputado distrital Wellington Luiz, presidente da CLDF. Compuseram a mesa da sessão solene o delegado-geral da PCDF, Robson Cândido da Silva; a delegada Cláudia Alcântara, presidente do Sindicato dos Delegados da PCDF; Amarildo Fernandes, presidente da Adepol; Enoque Venancio, presidente do Sinpol; Hugo de Sousa Silva, presidente da Agepol; André Lauar, presidente da Associação Brasiliense Peritos Criminalistas; Fabricio Gildino, presidente da Associação dos Agentes Policiais de Custódia; Alexandre de Castro, presidente da Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas; Francisco Expedito, vice-presidente da Associação dos Escrivães da PCDF; e Wilmaque José, presidente do Sindicato da Carreira de Apoio às Atividades Policiais Civis.
Também foram convidados a compor à mesa o delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Ricardo Viana, e o chefe da Seção de Investigação (Sicvio), Emilio Luz Coelho Goncalves, responsáveis por conduzir as investigações sobre a chacina. “Foi uma grande missão e todos os amigos estiveram empenhados. Graças a Deus, com o fruto do nosso esforço, pudemos dar uma resposta eficaz. Hoje, completo nove anos de polícia e estar aqui me orgulha”, declarou o investigador Emilio.
Com a palavra, o delegado Ricardo Viana lamentou tamanha atrocidade e manifestou o sentimento aos familiares. “Estivemos frente a homens que se dizem humanos, mas que cometeram tamanha atrocidade, que nunca vi em 27 anos como policial. Fico grato à equipe e desejo aos familiares muita paz no coração. Desejo, ainda, aos policiais, que não tenham o infortúnio de enfrentar uma investigação como essa. Só nós sabemos o que fizemos para estar aqui”, finalizou a fala em meio às lágrimas.
Trabalho
Desde a instauração do inquérito, os investigadores saíram às ruas em buscas de elementos cruciais para a elucidação do crime. Foram colhidas imagens das câmeras de segurança, escutados depoimentos de testemunhas, além de outros métodos apuratórios não revelados. Em 15 dias, as equipes chegaram ao encalço e capturaram cinco criminosos: Gideon Batista de Menezes, 55 anos, Horácio Carlos, 49, Fabrício Canhedo, 34, e Carlomam dos Santos, 26, e Carlos Eduardo, 27. Um adolescente, de 17 anos, também foi apreendido.
O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público (MPDFT). Nesta manhã, o MP protocolou a denúncia contra os cinco acusados. Caso o Tribunal do Júri de Planaltina aceite a denúncia, eles se tornarão réus.
Veja por quais crimes os cinco acusados foram denunciados
Gideon Batista: é apontado como o mentor dos assassinatos. A motivação, segundo revelaram as investigações, foi em decorrência da chácara onde moravam Marcos Antônio Lopes, 54, a mulher dele, Renata Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior. Gideon foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, contrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa e roubo.
Horácio Carlos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, contrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e fraude processual.
Carlomam dos Santos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, contrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e ameaça com uso de arma.
Carlos Henrique Alves da Silva: responderá por homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime) e sequestro e cárcere privado.
Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.
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