O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra Leila Valeria Muniz Jamsen da Conceição, 40. Ela é acusada de matar o próprio marido com uma facada na virilha, em Samambaia Norte.
O crime ocorreu em novembro de 2022. Segundo as investigações, tudo começou quando a suspeita descobriu que o marido, Francisco Diassis Rodrigues da Silva, 36, estaria frequentando uma casa de prostituição. Após uma discussão acalorada naquela noite, em que ambos estariam bêbados, ela desferiu uma facada na perna do companheiro.
A acusada foi liberada após o pagamento de fiança de R$ 2 mil. O caso foi investigado pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte). Ela é ré por homicídio simples.
O caso
O golpe de Leila acabou atingindo uma veia sensível do corpo de Francisco, que começou a perder bastante sangue. A suspeita, desesperada com a situação, começou procedimentos para tentar estancar o sangramento e levou o marido para o banho na tentativa de conter a perda de sangue. Eles mantinham uma relação há 10 anos.
Apesar de todas as tentativas de reanimação, a vítima não resistiu e morreu antes mesmo da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Após a chegada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), por volta das 4h30, a então acusada foi encaminhada para a 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), onde o caso foi registrado inicialmente como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o casal vivia uma relação conturbada há anos, com casos de violência doméstica denunciados por Leila contra Francisco. Segundo o advogado da ré, Wilmondes de Carvalho, a defesa vai trabalhar firme para esclarecer os fatos no curso do processo. "Leila Valéria não tinha motivo algum para desejar a morte de seu esposo. Inclusive, no dia dos fatos, eles estavam juntos e se divertindo. Essa suposta motivação por conta de possível ida de seu esposo a prostíbulo não seria motivo para uma pessoa querer a morte de outra. Essa versão que foi criada será desmascarada", disse.
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