O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu 48 horas para que a defesa do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres se manifeste sobre o pedido, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), para que o ex-chefe da pasta compareça na oitiva da CPI dos Atos Antidemocráticos.
O encaminhamento do ministro ocorre após a Procuradoria-Geral da CLDF protocolar ao STF para que Anderson Torres deixe a prisão, no 4° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no Guará, e seja ouvido no plenário da CLDF. O ex-secretário deve ser ouvido pelos deputados distritais em 9 de março, às 10h.
Com o pedido, Moraes intimou os representantes de Torres para manifestação dentro do prazo de 48 horas. O ex-secretário também recebe a ofensiva da CPI sobre a quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático. O Correio tenta contato com a defesa do ex-secretário.
PGR defende manutenção de prisão
Conforme a coluna CB.Poder, do Correio mostrou, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, na tarde desta segunda-feira (27/2), a manutenção da prisão preventiva do ex-secretário. Ele está preso desde 14 de janeiro, em decorrência dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes.
Na avaliação da PGR, não há modificações no processo que possam dar a Torres a revogação da prisão. O documento, assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, também acrescenta que defende a manutenção da prisão para proteger a ordem pública e a instrução criminal em que o ex-secretário é alvo.
O encaminhamento ao órgão ocorreu após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pedir a manifestação do órgão para opinar sobre a liberdade do ex-chefe da SSP-DF, requerida pela defesa. Com isso, o pedido de revogação da prisão retorna para a mesa do ministro.
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