Uma das avenidas que corta a Ceilândia e parte de Taguatinga, a Hélio Prates, teve trecho da sua extensão fechado ontem para revitalização da pista. Na altura das quadras QNN 2/QNM 1, a obra vai ficar com uma extensão de 150 metros, na altura do cruzamento, para a passagem dos veículos. O objetivo é construir as faixas de pedestres elevadas no mesmo nível da calçada, para garantir acessibilidade de pessoas com necessidades especiais.
A via tem um papel importante na locomoção de moradores da região. Segundo a Secretária de Estado de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal (SODF), o projeto conta com um orçamento de R$ 20 milhões e a previsão de é que será concluído em 15 dias.
O tráfego de carros na Hélio Prates é intenso devido ao números de residências nas imediações, como P. Sul, P. Norte e Sol Nascente. Totalizando, segundo dados da Codeplan, cerca de 500 mil habitantes moram na região, configurando a área como uma das mais populosas do Distrito Federal.
O trecho em obras dá acesso a diversos comércios, e a obstrução está gerando transtornos para empresários e pessoas que trabalham e trafegam na região. Adelaine Borges, de 32 anos, trabalha em uma loja de calçados que fica às margens da avenida. A vendedora conta que desde que as obras na Hélio Prates começaram o comércio da região parou. " Nunca mais consegui bater a minha meta de venda do mês ", disse Adelaine.
Antes desta obra na pista, o Governo do Distrito Federal (GDF) construiu um estacionamento nas proximidades da QNN 2. A obra também paralisou o comércio, que antes mesmo de conseguir se recuperar, terá que enfrentar agora outra obra na via.
O cruzamento está totalmente interditado, assim como dois retornos para quem circula no fluxo contrário, sentido Ceilândia. Com apenas uma faixa disponível para o tráfego de veículos, o congestionamento será inevitável nas horas de fluxo intenso. O governo alerta para os novos horários para os comerciantes efetuarem a carga e recarga de mercadorias, que será entre 23h30 e 6h.
Transtorno
O guardador de carros, Hilton Nunes, 49, trabalha há 10 anos nas redondezas e tem sentido no bolso as consequências. "A obra me atrapalha porque as pessoas que trabalham na região, não têm como estacionar aqui, e isso atrapalha o meu faturamento," reclama.
Iran Pereira da Silva, 47, mora na região e circula pelo local diariamente. Ele compreende o momento de transtorno. "Precisamos passar por isso agora para colher os frutos lá na frente", disse o rapaz.
A Secretaria de transporte e mobilidade chama atenção dos usuários de transportes públicos para as novas rotas dos ônibus que cruzam a Hélio Prates nessa região e as localizações provisórias das paradas de ônibus da EQNN 2/4 e EQNN 1/3.
A operadora de caixa Joseane Santos, 25, mora na Ceilândia e utiliza o transporte público todos os dias para trabalhar. "Eu acho péssimo essas obras, porque demora demais para terminar e dificulta o acesso ao transporte", disse a jovem.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.