Chegou aquele momento da festa em que as luzes se acendem e a música para. O carnaval do Distrito Federal chegou ao fim, mas deixou muitas lembranças felizes. Depois de dois anos de hiato, por conta da pandemia de covid-19, os foliões puderam tirar suas fantasias do armário, sacudir a poeira e celebrar a vida.
Durante os quatro dias oficiais de folia, quem rodou pela cidade pôde ver todo tipo de caracterização, sendo fantasias, trajes com cores vibrantes e muito brilho. O ato de se produzir para o carnaval transmite de dentro para fora a alegria e descontração da data. E para isso vale tudo, se estiver em clima de festa.
Um exemplo disso é o jovem Derick Santana, de 19 anos, que mesmo antes do carnaval chegar, garantiu a fantasia de faraó. Segundo a mãe do rapaz, a professora Angélica da Costa, 38 anos, foi o próprio Derick que pediu para ir ao Bloco dos Portadores da Alegria. "Ele ama essa fantasia e quando chegou o carnaval, ele ficou pedindo para vir ao bloco para poder usar", contou a professora.
No tradicional Bloco Pacotão, os amigos Luigi Calovir, 18, e Miguel Cortizo, 18, decidiram roubar a cena fantasiados dos personagens 'Smurfs'. Se na história do filme e do desenho o vilão é o Gargamel, na vida real o inimigo dos jovens foliões é a ressaca do dia seguinte. Eles estavam no terceiro dia de bloco, e lamentaram que existe carnaval apenas uma vez por ano. "Depois de tudo que passou, graças a Deus, podemos aproveitar despreocupados. Tinha que ter mais de um carnaval no ano", brincou Miguel.
A criatividade dos brasilienses não tem limites quando se trata de farra. A obra de arte mundialmente famosa, a Mona Lisa, também, esteve presente no carnaval de Brasília. A servidora pública Isabela Caputo, 45, enfatizou sua admiração pela pintura e contou que estava sendo bastante requisitada para fazer fotos. "A fantasia acaba deixando a gente não ouvir muito bem, mas recebi convites pra tirar foto, viu", contou. "Estar de volta ao carnaval é maravilhoso. Foram longos dois anos que é tão difícil definir isso em uma só palavra. É agradecer os profissionais de saúde", completou a moradora da Asa Sul.
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E como o carnaval revive todos os personagens, o Elvis Presley não poderia ficar de fora. O astro está vivo, ama o carnaval candango e mora na Asa Norte. O servidor Fagner Santos, 41 anos, foi fantasiado da lenda da música mundial e curtiu ao lado da esposa Tamara Aragão, 41, e do filho José Antônio, 6. O cosplay do "Rei do Rock and Roll" contou que não podia deixar de homenagear o ídolo. "Ele é ícone na música internacional. E estar também em um bloco clássico como o Pacotão, não tinha como esquecê-lo", brincou. "É ótimo poder frequentar o carnaval. Foram dois anos sem festa. Ainda bem que todo mundo topou vacinar para dar segurança para a gente se divertir", completou.
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