Na Plataforminha da Alegria, a pequena Olívia, de um ano e três meses, aproveitou o primeiro carnaval, numa incursão estimulada pelos pais, há cinco anos, vindos de Salvador. "A gente está matando a saudade um pouco do carnaval", comentou o pai de Olívia, Rodrigo Arouda, 34 anos, servidor público. O bloco infantil começou a programação às 10h deste sábado (17/2), no Setor Comercial Sul.
"É importante o espaço a mais no carnaval, para mães e filhos. É uma tradição ter o primeiro contato com a cultura brasileira. Todos têm que dar um jeito de se divertir, ainda com os obstáculos da chuva. Rompemos esses obstáculos por ela, pois não tive, quando criança, esse contato e quero passar para ela. Não fui criada num ambiente mais festivo por conta de religião", contou a mãe de Olívia, a psicóloga Flávia. A família veio de Águas Claras e ficou cerca de 40 minutos nos festejos animados pelo Patubatê.
Surdo, caixa, agogô e xequerê eram os instrumentos que animavam o carnaval das poucas crianças que se entusiasmavam, dada a chuva. Ritmos como ijexá, samba, samba reggae e ciranda estavam no passeio de ritmos do Brasil apresentados por 90 músicos. "Não é apenas pela folia, mas com abordagem educativa da música que nos lidamos e apresentamos para o público", comentou Fred Magalhães, regente do grupo Patubatê.
Com 24 anos estando presente na folia, Fred, que é diretor artístico, também explica que se trata de um bloco performático. "Pela primeira vez, contamos com a adesão do Patubatê, 60+, um grupo da melhor idade", ressaltou. "Nós somos muito inclusivos: somos do plano piloto, nossa sede é na Ascade, mas recebemos e entretemos pessoas de todas as regiões administrativas do DF, praticamente", disse.
A programação para a Plataforminha da Alegria, vai até às 14h, com espaço criativo com brincadeiras lúdicas durante todo o período do bloco.
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