Madrinha da turma

Correio Braziliense
postado em 06/02/2023 06:00
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Licenciada em ciências sociais pela Universidade de Brasília, a professora Luiza Oliveira, 33, foi peça fundamental na aprovação dos alunos do CED Stella dos Cherubins na UnB. Coordenadora do curso técnico desde 2020 e professora de sociologia do ensino regular, ela auxiliou os estudantes, organizando uma campanha para custear as taxas dos candidatos do PAS que tiveram o benefício negado. "A ação foi uma verdadeira operação de guerra", afirma.

"Abrimos uma vaquinha on-line, em 2021 e, em um dia, conseguimos arrecadar mais de R$ 1,7 mil, que ajudaram a arcar com os custos das provas desses alunos", explica Luiza. "Cheguei a interpor recurso para os alunos até na véspera do Natal. Neste último ano, levantamos dinheiro entre os professores e pagamos parte dos que tiveram o benefício negado", acrescenta.

Luiza começou a atuar no CED Stella em 2020 como professora efetiva da secretaria de educação. "Comecei muito empolgada pois era a chance de poder contribuir com os estudantes da escola pública em Planaltina, que foi onde cresci e estudei", diz. Ela destaca que, por ter ingressado na UnB quando ainda não havia a política de cotas, sua missão é fazer com que mais estudantes da rede pública ingressem no ensino superior.

Outra campanha que a professora organizou foi para arrecadar celulares e notebooks em prol dos estudantes que não tinham como acessar a internet durante as aulas remotas da pandemia. "Mobilizei todo mundo: colegas da escola, vizinhos, amigos e familiares. Saiu na televisão e foi um sucesso", afirma.

Entre os estudantes, Luiza é considerada quase como um membro da família. "Sem ela, com certeza não teríamos conseguido chegar onde chegamos", diz a estudante Adriana dos Santos. A coordenadora sempre incentivava os estudantes a seguirem estudando, organizava grupos de estudo e distribuía materiais de estudo. Mais tarde, se tornou madrinha da turma de 3º ano. Emocionada, a coordenadora diz que é um privilégio fazer parte dessa conquista. "Me sinto uma pessoa privilegiada em poder ajudar para que esses jovens que batalham tanto, têm uma vida tão dura, possam sonhar em se formar em uma das melhores universidades do país", comemora.

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