Os jurados do Tribunal do Júri de Ceilândia afastaram a acusação de tentativa de homicídio contra Francisco Manoel da Silva, 53, acusado de atropelar cinco crianças em Ceilândia, em maio de 2022. Com isso, ele foi condenado a 3 anos e 6 meses de prisão pelo crime de lesão corporal culposa, em regime aberto. Ele foi liberado e deixou o Centro de Detenção Provisória (CDP) na quinta-feira (26/1) passada.
Francisco foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em junho de 2022 por homicídio tentado contra três crianças e por lesão corporal leve nas outras duas vítimas. O processo foi julgado pelo juiz presidente do Júri Lucas Sales da Costa.
Na sentença, o pedreiro foi condenado a penas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e será proibido de obter permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor pelo prazo mínimo de um ano. Ele também teve os direitos políticos suspensos durante o período da condenação.
Na época, Francisco foi preso em flagrante pelo atropelamento das cinco crianças. O pedreiro, que não tem carteira de habilitação (CNH) e estava bêbado, tentou fugir do local, mas foi contido e agredido por populares.
O caso
Francisco Manoel da Silva, 53, atropelou as cinco crianças enquanto esperavam na calçada para atravessar a faixa de pedestres. Policiais militares tiveram que conter a população, que pretendia linchar o motorista. Em exame no Instituto Médico Legal (IML), foi constatada a embriaguez do condutor, que afirmou à polícia ter consumido uma dose de uísque.
Em audiência de custódia, a juíza Monike de Araújo Cardoso, do Núcleo de Custódia de Ceilândia, converteu em preventiva a prisão de Francisco. Durante o decorrer da audiência, o pedreiro afirmou à magistrada que tem endereço e renda fixa, e que "nunca foi preso na vida".
Ao ler a decisão, contudo, a juíza reiterou que na ficha criminal de Francisco há uma passagem por um outro delito de trânsito, em 2015, quando foi pego dirigindo sem habilitação. Informado sobre a manutenção da prisão, o autor dos atropelamentos não quis se pronunciar, deixando a sala com semblante cabisbaixo. A audiência aconteceu de forma virtual, em 24 de maio.
Alta das crianças
Enquanto chegava no Instituto Abraçando Vidas para visitar o espaço, ainda com a cadeira de rodas, Ana Júlia, 7 anos, foi recebida com emoção por amigos que participam com ela das aulas de karatê. Os colegas comemoravam a sua volta para casa depois de 22 dias de incerteza. Ana Júlia, além de Bruna Raquel, 6 anos, e Sofia Valentina, 4 anos, ficou internada no Hospital de Base e no Hospital de Ceilândia.
Em entrevista ao Correio, Glória Cheila Pereira, avó de três das cinco crianças atropeladas em 22 de maio, revela que as três meninas receberam alta na segunda-feira, 13 de junho. "Estamos todos felizes. Agora, elas vão continuar o atendimento no hospital, voltando para os especialistas e se recuperando", destacou.
Glória ressalta que contou com a ajuda de muitos amigos e conhecidos. "Ganhamos as cadeiras de rodas das meninas e a cadeira de banho. Todos têm ajudado muito. Principalmente nas orações para que elas ficassem bem. Não tenho dúvidas de que foi Deus que permitiu que elas saíssem todas vivas. Havia muita oração em várias igrejas por elas", afirma.
À época, a família esperava por Justiça. "Ele (o motorista) precisa ficar detido. Foram cinco vidas que ele quase destruiu, de cinco crianças. E elas ainda se lembram do que aconteceu", garante. Todas as crianças já receberam alta e se recuperam em casa.
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