Sessão

Policiais civis que investigaram chacina serão homenageados na CLDF

Em 15 dias, as equipes chegaram ao encalço, capturaram cinco criminosos e identificaram as 10 vítimas

Darcianne Diogo
postado em 02/02/2023 21:47
Equipes prenderam os cinco envolvidos em 15 dias -  (crédito: Darcianne Diogo/CB/D.A Press)
Equipes prenderam os cinco envolvidos em 15 dias - (crédito: Darcianne Diogo/CB/D.A Press)

Os policiais civis da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), responsáveis por conduzir as investigações sobre a maior chacina do Distrito Federal, serão homenageados durante uma sessão solene na Câmara Legislativa (CLDF). O evento ocorrerá na próxima terça-feira (7/2), às 19h.

A investigação foi coordenada pelo delegado-chefe, Ricardo Viana. Com o apoio da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) e da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), os policiais civis do DF deram início às diligências logo no dia em que os corpos da cabeleireira Elizamar da Silva, 37, e dos três filhos, Gabriel, 7, e os gêmeos, Rafael e Rafaela, 6, foram encontrados carbonizados em uma estrada de Cristalina (GO), a cerca de 130km de Brasília.

Desde a instauração do inquérito, os investigadores saíram às ruas em buscas de elementos cruciais para a elucidação do crime. Foram colhidas imagens das câmeras de segurança, escutados depoimentos de testemunhas, além de outros métodos apuratórios não revelados. Em 15 dias, as equipes chegaram ao encalço e capturaram cinco criminosos: Gideon Batista de Menezes, 55 anos, Horácio Carlos, 49, Fabrício Canhedo, 34, e Carlomam dos Santos, 26, e Carlos Eduardo, 27. Um adolescente, de 17 anos, também foi apreendido.

O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público (MPDFT). Nesta manhã, o MP protocolou a denúncia contra os cinco acusados. Caso o Tribunal do Júri de Planaltina aceite a denúncia, eles se tornarão réus.

Veja por quais crimes os cinco acusados foram denunciados

Gideon Batista: é apontado como o mentor dos assassinatos. A motivação, segundo revelaram as investigações, foi em decorrência da chácara onde moravam Marcos Antônio Lopes, 54, a mulher dele, Renata Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior. Gideon foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, contrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa e roubo.

Horácio Carlos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, contrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Carlomam dos Santos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, contrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e ameaça com uso de arma.

Carlos Henrique Alves da Silva: responderá por homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime) e sequestro e cárcere privado.

Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.

 

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