Eletricista carbonizado em porta-malas foi abordado por latrocidas em bar

Um grupo de cinco pessoas decidiu assaltar a vítima e colocaram o homem no porta-malas. Depois, ao ver que o crime não teria sucesso, atearam fogo no carro

Material cedido ao Correio

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a morte de Ronaldo César, 36 anos, como resultado de latrocínio (roubo seguido de morte). O eletricista foi encontrado morto e carbonizado dentro do porta-malas do próprio carro, em uma rodovia da Fercal, em Sobradinho. Cinco pessoas foram detidas, incluindo dois adolescentes. O Correio apurou que o grupo criminoso se articulou para roubar a vítima e, não tendo sucesso, resolveu matar o homem e incendiá-lo junto ao automóvel.

Ronaldo foi visto pela última vez no domingo (29/1), em um bar da Fercal. No mesmo local, estavam os dois adolescentes suspeitos. Segundo as investigações, os menores observaram a vítima e se aproveitaram da situação de embriaguez para assaltá-la. A dupla convidou outros dois jovens, de 19 anos, para cometer o crime. Os quatro, então, abordaram Ronaldo e o obrigaram a descer do carro.

O eletricista foi brutalmente agredido pelos criminosos e colocado desmaiado dentro do porta-malas do carro, um Sedan Mégane, e os assaltantes assumiram o veículo. No trajeto, Ronaldo acordou e começou a gritar dizendo que conhecia os suspeitos e, inclusive, sabiam onde eles moravam. Os homens pararam o carro na rodovia e agrediram a vítima novamente dentro do porta-malas.

Fuga

Em fuga, o motorista perdeu o controle do carro e colidiu o automóvel da vítima contra um barranco Os envolvidos chegaram a ir embora e abandonar o carro, mas três dos suspeitos retornaram ao local e incendiaram o carro com o corpo de Ronaldo ainda no porta-malas. Para a polícia, atear fogo foi um meio de dificultar a investigação e sua responsabilização pelo crime cometido.

“Empreendemos inúmeras diligências assim que soubemos daquela barbaridade. Chegamos à prisão de cinco pessoas. São quatro presos em flagrante e um foragido, que saiu do DF. Na versão dos criminosos, eles tiveram uma discussão com a vítima, porque tinham a intenção de roubá-la. Depois, decidiram assassinar a vítima”, explicou o delegado-chefe da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho 2), Laércio de Carvalho.