Retomada de obras públicas e ampliação de moradias elevam a expectativa da construção civil, no Distrito Federal, para 2023. Segundo Dionyzio Klavdianos, convidado do CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta sexta-feira (27/1), o setor tem papel histórico na capital e tende a responder de forma positiva, desde que seja impulsionado pelo governo. À jornalista Adriana Bernardes, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) também comentou sobre a geração de empregos e o combate à grilagem de terras.
Klavdianos começou falando sobre o pacote de obras planejado para este ano. Ele destacou projetos, como o Drenar DF, lançado para solucionar problemas de alagamentos e inundações no Plano Piloto, e o investimentos em mobilidade, retomadas que fazem com que a confiança do setor aumente. “Não temos exemplos de obras paradas. O caixa forte assim é o que faz com que tenhamos esperança de que esse fluxo virtuoso prossiga”, afirmou.
Com essa retomada, também é prevista a ampliação de empregos no DF. Em novembro de 2022, o setor era responsável por cerca de 62 mil dos 888 mil empregos formais na capital, representando aproximadamente 7% desse número. “Isso está fazendo com que o setor cumpra o seu papel, gerando mais empregos e obras de infraestrutura”, pontuou.
Mais moradia, menos grilagem
Klavdianos também falou sobre a ocupação ilegal de terras, problema que afeta diretamente o setor. O presidente do Sinduscon-DF ressaltou que o processo de regularização de terras para a construção de um novo bairro é complexo. “Para um bairro formal, é preciso fazer uma série de estudos que precisam ser apresentados. Muitas vezes temos uma burocracia maior do que deveria. Tudo isso leva tempo”, explicou.
Um dos empreendimentos planejados para ajudar a sanar o problema de habitação para a população de baixa renda é o Setor Habitacional Jóquei Clube, cuja estimativa é de 17.500 apartamentos. Porém, Klavdianos ressalta que ainda é preciso otimizar o tempo gasto com a aprovação dos projetos. “Com toda a boa vontade, o Jóquei está levando quatro anos para ser aprovado. A indústria informal não tem essa burocracia e vão (invadir), a despeito do combate”, destacou.
*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel
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