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Perigo

Desabamento de muro em escola pública na Asa Norte preocupa pais

Em dezembro, parte do muro da Escola Classe da 115 Norte desabou e a Defesa Civil condenou a estrutura da obra. A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal informa que os engenheiros da Subsecretaria de Infraestrutura Escolar da pasta já estiveram no local

A 20 dias do retorno das aulas na rede pública de ensino, pais e responsáveis da Escola Classe da 115 Norte estão apreensivos com a segurança dos estudantes. Em dezembro, parte do muro da instituição de ensino desabou e a Defesa Civil condenou a estrutura da obra. Porém, segundo a comunidade escolar, até o momento, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) não tomou qualquer providência.

Conforme informações cedidas ao Correio, o laudo técnico sobre o desmoronamento de uma das 11 placas de concreto e aço que compõem o muro coloca a estrutura em risco. Segundo o relatório, feito em 16 de dezembro do ano passado, foi detectado o solapamento do piso por erosão do solo sobre as placas que estão erguidas. Sendo assim, as ferragens encontram-se em processo corrosivo e houve perda de seção, ou seja, de aderência entre o concreto e o aço.

Com dois metros de altura, cada placa pesa cerca de 500 kg. Diante do risco iminente de novos desabamentos, a Defesa Civil recomendou, ainda, o isolamento da área em, no mínimo, três metros. Entre as exigências, estão a demolição ou recuperação, a fim de mitigar o risco de queda sobre as crianças. Mas, segundo os responsáveis pelos estudantes, até o momento, as providências não foram adotadas.

Preocupação

A jornalista Mariana Manenti Gomes, 48 anos, conta que o desmoronamento aconteceu na última semana de aula da escola. “Foi em um momento em que já não havia muitas crianças na escola. Na época, aconteceu um surto de covid-19 e alunos e professores já não estavam indo. Foi ótimo, porque evitou um dano maior”, completa.

Ela conta que o filho, de 11 anos, completou o ciclo do Ensino Fundamental I. Agora, deve ir ao colégio sequencial para completar a próxima fase dos estudos. Apesar de estarem saindo da comunidade escolar, Mariana garante que a preocupação entre os pais é grande. “Ele está saindo, mas os coleguinhas continuam lá. A preocupação não é só com a parte que já caiu, mas também com o risco de o resto cair”, completa.

De acordo com a jornalista, a própria escola tomou a iniciativa de chamar a Defesa Civil. “É um colégio excelente, tem uma política pedagógica muito inovadora e muito participativa. Nós chamamos de comunidade de aprendizagem, por isso, os pais são tão atuantes e se preocupam em ajudar a cuidar do local e das crianças”, pondera. Segundo Mariana, após a visita da Defesa Civil, a Secretaria de Educação enviou um engenheiro, em dezembro, para avaliar a estrutura.

“Mas, até agora, não tivemos retorno sobre o que será feito. Existe um receio, especialmente por conta da possibilidade de um novo desmoronamento. Queremos que a Secretaria se comunique de alguma forma, porque é um assunto que aborda a segurança das nossas crianças”, desabafa Mariana.

A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal informa que os engenheiros da Subsecretaria de Infraestrutura Escolar da pasta já estiveram no local, fizeram vistoria, começaram os serviços de remoção das peças comprometidas e vão fazer os reparos necessários.

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