No dia que deveria entregar as chaves da casa que vendeu, no Itapoã, para os interessados, em 7 de janeiro deste ano, uma das integrantes de uma família que desapareceu no Distrito Federal, Cláudia Regina Marques da Silva, não estava. O Correio apurou que foram os dois criminosos presos no caso, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49 anos, e Fabrício Silva Canhedo, 34, que entregaram o imóvel.
Segundo os suspeitos, foram contratados por Cláudia para realizar o serviço de entregar as chaves do imóvel. Dentro da residência, estava um Renault Senic, de cor prata, que seria encontrado incendiado oito dias depois, em Unaí (MG). Antes, quando recebeu o dinheiro da casa, em 2 de janeiro, Cláudia mencionou que estava endividada. "Mal dá para pagar as dívidas", desabafou.
Em seguida, deu a entender que iria morar com o pai. Em seguida, até 7 de janeiro, as pessoas que compraram o imóvel perceberam que Cláudia parou de responder as mensagens pelo celular e decidiram ir até a casa para checar o andamento da mudança. Foi quando os interessados se encontraram com Horácio e Fabrício.
No encontro, ambos avisaram aos comparadores que Cláudia iria entrar em contato "mais tarde", o que nunca ocorreu. Na última sexta-feira (13/1), quando a mulher foi dada como desaparecida, uma das compradoras do imóvel recebeu um "obrigado" durante conversas de entrega da casa.
Suspeitos presos
Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49 anos, foi preso na última terça-feira (17/1) por suspeita de envolvimento no desaparecimento da família. Ele trabalhava em uma fazenda e era empregado por Marcos Antônio Lopes, ex-marido de Claudia, assim como Gideon Batista de Menezes, 55, e prestou depoimento no mesmo dia.
À Polícia Civil do DF, Marcos contou que teria sido contratado pelo sogro de Elizamar da Silva, Marcos, e o marido dela, Thiago — pai e filho — para assassinar seis pessoas da família. Fabrício Silva Canhedo, 34, foi preso acusado de fazer a vigilância da casa onde Renata e Gabriela foram mantidas em cárcere.