Nesta quinta-feira (19/1), o Núcleo de Audiência de Custódia (NAC) do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) converteu em preventiva as prisões de Fabrício Silva Canhedo, Gideon Batista de Menezes e Horácio Carlos Ferreira Barbosa, acusados de extorsão mediante sequestro e ocultação de cadáveres — da cabeleireira Elizamar da Silva, 37 anos, e família —, além de associação criminosa.
Durante a audiência, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MDFT) pediu que as prisões fossem convertidas — apontando a gravidade “extrema” dos atos —, afirmou que os crimes não se restringiram ao Distrito Federal, mas também a Goiás e Minas Gerais, e lembrou dos antecedentes de Gideon, que possui diversas condenações definitivas.
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Ao manter as prisões, a juíza substituta do NAC ressaltou que o “modo adotado na execução do delito retrata a periculosidade dos autores do fato”. Por isso, ela entendeu que a liberdade provisória ou aplicação de medidas cautelares não são recomendáveis diante da gravidade do caso. O inquérito será encaminhado para a Vara Criminal do Itapoã, onde o processo vai tramitar.
Relembre
O caso que começou na sexta-feira (13/1) com o desaparecimento de Elizamar e dos três filhos se transformou, ao longo da investigação da Polícia Civil (PCDF), em uma das maiores chacinas registradas no Distrito Federal.
Até o início da noite dessa quarta-feira (18/1), sete corpos relacionados ao crime foram encontrados, sendo que seis estavam carbonizados, dentro de dois veículos. Os três homens foram presos por envolvimento com o caso e um deles confessou o assassinato de seis pessoas da família. Ainda há três desaparecidos e nenhuma linha de investigação foi confirmada pela PCDF.
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